Segredos por Elliot Hells
Hello,
aqui estaremos apresentando mais um novo e querido personagem que vocês já ouviram falar, porém, faltava conhecer.
Damas e senhoritas, eu apresento para vocês, nosso querido Henrique!
Capitulo 23 O retorno de Henrique Hernandez
O moreno tomava um banho[1] quente em sua ducha de dois jatos, havia plugado seu iPod nas caixas de som, se é uma coisa que o moreno gostava era de música, principalmente músicas das ilhas hispaniola. Sua mãe era uma dominicana e seu pai brasileiro, se conheceram quando Arthur estava fazendo algumas conexões com empresários. Ele conheceu Floor em uma festa local, na qual era uma conhecida cantora.
Durante o tempo de conexões das empresas, Arthur conheceu ainda mais a Floor, o que acabou gerando aquele amor de verão inesquecível, na hora de dizer adeus, pois as empresas já haviam fechado acordo, o brasileiro não queria ir embora sem a dominicana e a chamou para viver com ele. Floor Hernandez não recusou a proposta do moreno e partiu para terras distantes.
Após dois anos de namoro firme, cantando em alguns locais encontrado por Arthur para a mulher que amava música, pois segundo ela, a vida sem música não era vida e cantar alegrava a alma, eles tiveram Henrique. O jovem Henrique passava a maior parte do tempo no Brasil e visitava seus avós na República Dominicana quando haviam festas de reunião familiares. Henrique cresceu em um lar amoroso e repleto de alegria. Tinha a pele bronzeada de seu pai, mas os olhos cor de safira da mãe, com um cabelo castanho na raiz e loiro nas pontas. Algo que Henrique adorava era fazer esportes radicais, escalar, fazer trilha, surfar, andar de bicicleta e qualquer outro esporte que levasse sua adrenalina as alturas, sempre com um sorriso no rosto ninguém imaginaria que já viveu uma perda drástica.
Quando Henrique completou dez anos seus pais saíram em uma outra viagem de negócios nas ilhas caribenhas, o avião deu um problema nas turbinas e se perdeu no mar. Passaram anos e jamais foi encontrado vestígios do avião ou mesmo dos corpos de seus pais. Tivera que assumir a empresa da família cedo, precisando tomar uma postura mais séria.
Nesse exato momento, Henrique encontra-se no banheiro, refrescando-se, pois em breve voltaria ao Brasil, após ter fechado acordos com duas empresas internacionais de obra de arte, ele regressaria para o Brasil. Os negócios da família Hernandez eram versáteis, antes com seu pai, era focada na indústria automobilística, até ganhar maior terreno e exposição, o objetivo das empresas do pai sempre foi conseguir o maior controle global dos produtos e matérias primas, assim poderiam enriquecer o Brasil ainda entendido pelas outras empresas como um pequeno país de terceiro mundo. Seu pai sempre quis mostrar a riqueza de seu país e para isso se esforçava ao máximo para aumentar o PIB, pois Arthur sempre teve gosto por ser brasileiro. Algo que Henrique acabou herdando, ele queria que todos pudessem conhecer um pouco mais da cultura e obra artística brasileira.
Enquanto relaxava em seu banho, Henrique cantarolava uma de suas músicas preferidas de um cantor dominicano-holandês, Rolf Sanchez que para ele era um vício e precisava ouvir todos os dias de manhã a música com estilo de salsa. Henrique dava alguns passos no banho e utilizava o condicionador como microfone:
Que se siente, olvidarme que se siente
Hacer sufrir a uma persona
Como lo estás haciendo ahora
Que se siente, olvidarme que se siente
Arrancarme de tu boca
Quién te está besando ahora.[2]
- Henrique, você canta muito mal. – dizia a voz entrando no banheiro, era uma moça de cabeleira longa e castanha, aproximando da pia de mármore para escovar seus dentes, enquanto o outro fazia uma careta e dizendo com gestos de mão que havia ficado louca. Logo atrás dela, aparecia um homem alto, porém não muito forte de toalha presa na cintura.
- Henrique adora músicas com esse estilo, é um pouco viciado.
- O que estava cantando? – perguntava a morena de boca carnuda, de calcinha de renda preta e sutiã de mesmo tom, enquanto escovava seus dentes.
Henrique observa aqueles dois intrometidos entrarem no seu banheiro enquanto lavava seu cabelo, detestava ter seu momento de paz interrompido
- O que vocês querem aqui agora, afinal? – dizia ele, enquanto a música ainda rolava
- Acordou de péssimo humor pelo visto. – Ela terminava de se escovar e cuspia na pia – É sério, eu gostei da letra, de quem é a música?
- Qué se siente, de Rolf Sanchez, deveria escutar, agora vocês precisam ir embora, eu tenho que me arrumar e partir.
- Tudo bem, tudo bem nos vemos em outras ocasiões – os dois mandaram beijo para o moreno que tomava banho.
A mulher de cabelo longo e preto, era chamada de Malu, ela e o Henrique ficavam enquanto resolviam negócios na cidade, filha de um visionário muito rico, enquanto o outro jovem, era Paul Alcost, filho de um banqueiro famoso na França. Os três envolviam-se juntos, formando um trisal as escondidas, porém, muito fortes quando dizia respeito sobre negócios.
Henrique saía com a toalha na cintura, se deparando com a jovem Manuella ainda no local. Ela estava se arrumando, colocando sua saía preta e o moreno continuou a cantarolar sua música, vendo um sorriso de canto, ele não sabia se ela estava rindo dele, mas também não se importava, uma coisa que ele amava era cantar e não iria parar por ninguém. Henrique era alto, cabelos castanhos com mechas louras nas pontas, bastante musculoso, embora não fosse muito de ir a academia, seus músculos são herança da boa genética do pai e devido as suas aventuras com esportes radicais e as lutas que já fez e abandonou pelo caminho. Além disso tudo, era bissexu*l* assumido para o resto da família e amigos intimos, mas possuía uma postura diferenciada na hora dos negócios.
- Quando chegar ao Brasil, me dá um “oi? – perguntava Manuella dando os últimos reparos.
- Claro Malu, te aviso sim! Vê se você se comporta por aqui – ele tirava a toalha e cantarolava, colocando sua box preta, a morena não pode deixar de observar e novamente sorria – você não vai me fazer parar de cantar.
- Não estou reclamando ou achando ruim, é só engraçado que um homem como você, com seus 1,89 de altura e repleto de músculos esteja rebol*ndo aqui na minha frente uma salsa.
- Se chama felicidade, nunca ouviu a expressão “quem canta seus males espanta?” deveria tentar isso mais vezes. O Paul já foi? – questionava Henrique procurando uma calça de linho.
- Já sim, ele parecia apressado depois da nossa festinha de ontem a noite, pelo visto estava perdendo o horário, seu vôo é de que horas?
- Provavelmente às 15 horas, dará tempo tomar um café, partir para o aeroporto. – disse enquanto vestia sua calça em tom cinza.
Malu não parava de observar o moreno que acabou rindo da expressão dela de caçadora.
- O que é? Não foi saciada com dois homens? Você é impossível, Malu, para de me olhar assim que fico constrangido. – Jogou uma almofada na direção da empresária, amiga e ficante.
- Só estou achando divertindo seu jeito alegre pela manhã, isso tudo é por voltar ao Brasil?
- De certa forma, irei ver uma querida amiga que não a vejo a muitos anos pessoalmente. Estou com saudades e ela se separou a pouco do marido babaca, então, quero saber como ela está. – Henrique colocava um relógio de prata no pulso e depois tirando uma camisa social preta.
- Deveria sentir ciúmes? – indaga ao terminar de passar seu perfume habitual.
Henrique rola os olhos.
- É minha amiga, Lu, deixa de coisa, você é maravilhosa e eu e a Vivi, nossa é algo totalmente fraternal, ela é como minha irmã caçula, então, esquece isso, está bem? – Henrique dá um beijo no topo da cabeça dela.
- É, talvez eu só esteja sentindo sua falta.
Ele para de se arrumar e entende, a vida deles é bem corrida, gosta de conversar com Manuella, é uma mulher linda, atraente, com um corpo escultural, pele bronzeada em tom dourado, olhos castanhos escuros, cabelos negros, com uma pequena cicatriz no canto da boca que a deixa sexy. Unhas sempre bem feitas, trajando sua saia social e seu terninho apertado davam um ar sério e sofisticado. Conversar com ela, o fazia se sentir em casa, enquanto faziam viagens de negócios.
Além de ser uma excelente ouvinte e amiga, Manuella era ótima na cama, ele não saberia dizer se sentia-se mais atraído por mulheres ou por homens, apenas dizia que sentia-se atraído por pessoas. Mas Manuella era seu grande tesouro, havia certa confiabilidade e o bônus da amizade colorida. Ele soltou a camisa na cama e abraçou a morena que batia na altura do seu peito.
- Também vou sentir sua falta, Lu. – falava o apelido carinhoso que havia dado para ela, abraçou apertado a morena e depositou um rápido selinho, dizendo que eles precisavam ir. Manu retribuiu, pegando sua bolsa, saindo dali, deixando o moreno se arrumar. Henrique estava animadíssimo, contava as horas para ver as amigas, afinal estava bolando fazer uma surpresa, na certa não imaginavam que ele voltaria tão cedo.
Ele olhou tudo ao seu redor e estava tudo pronto. Vestiu a camisa preta, colocando por cima o terno de linho cinza, não usaria gravata, estava cansado delas. Pegou sua mala e fechou o quarto atrás de si, faria seu checkout e partiria para o aeroporto. Se despediu de todos ali no hall do suntuoso hotel cinco estrelas e seguiu em direção para o aeroporto. Estava com todos os presentes e não precisaria parar em nenhum lugar. Dentro do avião, apenas fechou os olhos. Seria uma viagem de dez horas.
O avião pousa, Henrique espera no portão de desembarca suas coisas, quando dirige-se para a entrada do aeroporto pega um taxi e fornece o seu endereço para o homem. Era um outro dia e de volta estava a sua animação.
Assim que chegou na portaria do condomínio deu bom dia a River que liberou sua entrada de imediato desejando as boas vindas. O carro parou em frente ao seu prédio e retirou todas as malas, seguindo para o hall, cumprimentou os funcionários da recepção e chamou o elevador.
Ao chegar no ultimo andar, retirou suas chaves, notou que seu apartamento estava vazio, “ué, onde estará todo mundo?” entrou de fininho e percebeu que não havia ninguém. Pelo visto não seria hoje recebido pelas amigas, o que fez foi avisar para a Manuella que já estava em casa. Levou suas coisas para o seu quarto e decidiu tomar um banho e claro, ligou seu som.
[1] 24 de fevereiro de 2018
[2] Canção de Rolf Sanchez – Qué se siente.
Fim do capítulo
Comentar este capítulo:
Gaya
Em: 17/11/2023
Olá autora!
Li todos os capítulos hoje!
Então, analisando desde o início num contexto geral:
Misericórdia! Literalmente uma montanha russa!
Segredos???? Uauuuuuuuuuuu... Muitoooooo mistério!
Tô sentindo pela Sohf... Desejo que Virgínia não a detone com o emocional dela! Porra, ela tem uma atração fodástica pela perita!
Quanto as gêmeas, Bess é a que tem os pés no chão, foi lindo a Viv se abrir com ela.
Acredito que a Bess, por ser a profissional que apresenta ser, não deixará passar batido tudo que a Viv desabafou com ela.
Percebe-se uma linha tênue que envolve essas duas almas!
Que a Bess possa articular e ajudar a VIv!
Parabéns pela estória!
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Elliot Hells Em: 18/11/2023 Autora da história
Olá Gaya, acho que posso fazer uso da sua expressão ao responder "UAU" ao seu comentário.
Me deixou sem fôlego, ao mesmo tempo encantada, honrada e com um sentimento de "o trabalho está sendo cumprido".
Como gosto de relatar e sempre expor, segredos me é muito caro e querido. Além de ser a obra que mais demorei a escrever devido a problemas pessoais, falta de tempo e etc. Demorou pq nunca a quis fazer de qualquer jeito. Ela tem partes de mim...
E principalmente, quis que cada pessoa se encontrasse em algum personagem. Quero que leiam para dizer: já passei por isso amiga!.
Pois essas meninas possuem anseios, medos, força e são empoderadas, algumas podem não reconhecer ainda.
Por hora, temos uma rotatividade entre esses 2 núcleos de 4 personagens. Mas aguarde, ainda vamos conhecer MUITA gente. MUITOS SEGREDOS. Nossa, estou só no inÃcio dessa montanha russa pra lá louca e o misterio, apenas estão só começando.
Quanto a Sophie, nossa.. ela é uma legista categórica, excelente profissional, mas receio que podemos dizer: quem nunca passou por aquela mulher que quebrou suas pernas?
Já a Val.. olha... eu acho que é bom continuar lendo para saber. Mas terá momentos interessantes.
Sobre as Gêmeas... então, sim, concordo Bess é pragmática, é sincera, preto no Branco. Ela é a a gemea mais velha e toma isso muito a serio para proteger a Izzy. Embora socialmente sejam 1 unica pessoa, e que para muitos Elizabeth Heinz seja impactante.. Izzy de forma unilateral e como sujeito é um pouco impulsiva. Mas em defesa dela... ela vai explicar melhor o porquê e depois você me conta direitinho o que acha.
É.. o passado da Vivi é caótico e sofrido.. o primeiro namorado dela.. bom.. é meio estranho. Se envolveu somente com homens em especial, com o Alex, e agora se vê arrolada por duas gêmeas. Uma doida e outra tranquila.
Ao menos podemos dizer que houve enfim uma trégua das discussões por enquanto.
Obrigada por esse feedback tão lindo.
Você animou demais a minha sexta-feira que estava bem louca. Eu espero continuar agradando-a e espero que segredos permaneça dando esse sentimento de "uau" a cada nova linha e capÃtulo lido.