Bora esquentar? Postagem dupla hoje, pra compensar o domingo e a segunda, sem.
Cap. 7 – Apoio e... Férias
O que eu poderia falar diante de tudo que ela me contou? Não conseguia definir o que eu estava sentindo, sinceramente. Uma coisa é a gente ver acontecer como quem a gente não conhece e outra é com uma pessoa que você conhece e que passou a admirar, a ter afeição. Mas enfim, minha voz saiu:
_ Bem, minha flor, eu de maneira alguma vou lhe condenar, me afastar, jamais. Digo que você tem que realmente saber que está feliz, verificar se não passa de uma curiosidade, porque você sabe as pessoas são cruéis e ainda existe muito preconceito por aí, muitas vezes camuflado e sinceramente espero não ver você sofrendo. Gosto muito de você. E ainda tem esse homem na sua vida e sua filha que é uma criança linda, inteligente e madura pra idade dela.
_ Professora, sei disso e lhe digo que estou muito consciente de tudo, mas eu não vou mais esconder as minhas vontades, meus instintos. To com 25 anos e não sou mais aquela menina assustada e que cresceu sozinha praticamente. Só tive a minha avó, minha mãe, foi embora e me deixou, tem outra família, mora aqui na nossa cidade, mas não tá nem aí pra mim, a não ser quando precisa de grana, aí ela me procura. O João Carlos, já cansei do “amor” dele, que só quer me usar e me mostrar para os amigos, como se eu fosse um troféu. Não quero mais nada com ele. E se a Manoela for a pessoa que vai me fazer feliz, vou mergulhar de cabeça.
_ Pois bem princesa, então digo pra você que conte comigo. Pra desabafar, te dar apoio ou chorar, meu ombro está aqui. Estamos no final do período, mas você sabe meu número de telefone, aonde eu trabalho, fique à vontade para me procurar.
Nos despedimos com um abraço e beijos no rosto.
Dois dias depois dessa nossa conversa, ela me liga, me conta que está super empolgada com a Manoela e que iriam viajar juntas para curtir as férias no litoral nordestino, ai a inveja branca bateu forte, rs. Me disse ainda, que não haviam dormido juntas e ela estava ansiosa pra isso acontecer, que tinha feito umas pesquisas na internet para se inteirar do que ia ocorrer. Mas que elas iam esperar chegar em Natal, queriam que fosse especial - Ai que romântico e chic, eu disse. Conversamos mais um pouco e nos despedimos.
Fiquei meio triste não sei por que, será porque eu não ia viajar? Será porque eu ia ficar com uma saudade daquela menina doidinha, tão divertida e alto astral? Ai, não sei por que não gostei da Manoela, ela me adicionou no face e dei uma olhada nas fotos dela e não gostei. Fiquei com muito medo de ela magoar a minha menina, digo, amiga.
Mas o mundo gira, e lá tava eu curtindo um karaokê com minhas amigas e com o Sérgio, na sexta feira, depois iríamos pra boate dançar. O celular dele toca e vejo ele ficar super nervoso, ficou mais branco do que ele já é.
_ Que foi gatinho? Parece que viu fantasma.
_ Meu pai, gata, passou mal e chamaram a ambulância tão levando ele pro hospital. Vou indo. Te ligo quando souber mais notícias, ok?
_ Ok meu bem, fica com Deus, vai dar tudo certo.
Nos despedimos e ele foi embora. Ficamos mais um pouco no karaokê e me despedi, perdendo o ânimo para esticar a nossa noite. Logo que cheguei em casa, o Sérgio me envia um torpedo dizendo que o quadro clínico do pai estabilizou. Fiquei mais tranquila e dormi.
Fim do capítulo
Um grande abraço pra quem tá lendo, saiam da moita. Um beijo especial pra quem tá comentando. Continuem. Obrigada. Bom dia.
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