CapÃtulo 28
-- Pai, bom Natal! – Rute o cumprimentou após entrar na casa, depois viu sua filha, sentada em uma poltrona, e no sofá Melissa ao lado de Júnior. – Bom Natal Isadora, bom Natal para vocês também. – foi à vez de cumprimentar o casal.
-- Rute, você me disse que queria conversar algo importante, o que é? – perguntou Eliezer, percebendo que não seria nada em relação à Isadora.
-- Papai, eu acho melhor conversarmos em um local com mais privacidade. – olhou em volta e viu três pares de olhos, mas apenas dois inquisidores.
-- Meus filhos, vocês podem nos dar licença? – falou educadamente.
-- Vovô, eu queria ficar e participar da conversa.
-- Não será preciso, minha filha. Vá com Melissa e Júnior até o rio pescar algo para o jantar, podem pegar a caminhonete para o garoto não caminhar. – recebeu um sim com a cabeça e todos saíram.
-- O senhor a cada ano agrega mais um neto amigo da Isadora? – questionou.
-- Ela não tem o amor dos pais, precisa compensar de alguma forma.
-- Papai, eu não vim aqui brigar. – sentou-se e jogou a bolsa sobre o sofá. Rute pensava na melhor forma de introduzir o assunto.
-- Eu sei o que você veio fazer aqui. Conheço bem você e aquele “advogadozinho” bajulador, com quem se casou. – olhou firme a filha – Acha mesmo que viria aqui na cidade, avaliaria... Investigaria o valor do sítio e ninguém me contaria?
-- Papai é para o seu próprio bem e...
-- Meu bem ou o seu? Quanto o crápula vai lucrar nisso?
-- Ele não vai lucrar nada. – disse apreensiva, não se lembrava de já ter visto o pai assim alguma vez.
-- Não me venha com mentiras Rute. Vamos colocar todas as cartas na mesa. – andou de um lado a outro com uma mão no queixo e a outra na cintura. – Assim que você deixou a cidade, várias pessoas me informaram da sua “visita” e a finalidade dela.
-- Papai o senhor não entende... – mais uma vez foi interrompida pelo pai.
-- Quando sua mãe faleceu, e observando de perto o tipo de homem com quem você havia se casado, e a mulher que estava se tornando, temi muito pelo bem estar da minha neta.
-- Ela ficará amparada, eu lhe asseguro, ela terá a maior parte do valor da venda.
-- E eu? – aproximou-se da filha – Como fico?
-- Bem, o senhor mora sozinho, e estive analisando algumas casas para idosos que moram sozinhos... – engoliu seco ao perceber o olhar do pai – O senhor terá bastante companhia, e pense que Isadora poderá usufruir da maior parte do valor da venda. – sentou-se em uma cadeira e olhou a filha.
-- Tenho pena de você quando chegar a minha idade. E se prepare, porque nem filha para lhe colocar em asilo terá. – olhou dentro dos olhos da mulher – Rute, você passou a vida inteira ignorando o papel de mãe, Isadora conheceu uma mãe enquanto a avó estava viva, depois disso... – balançou a cabeça em sinal de reprovação – Afastou a única pessoa que poderia lhe amparar e lhe oferecer um amor sincero, assim como ela me oferece... – fez um gesto de aplauso – Sua intenção era que sua filha perdesse não o só respeito como, também, o amor por você? – perguntou e ele mesmo respondeu – Parabéns! Acabou de ser bem sucedida na missão.
-- Não jogue praga para mim papai. – estava com a voz trêmula, mas, mesmo assim não deixou a empáfia de lado – Nem seja sarcástico.
-- Não estou jogando, apenas constatando um fato. – levantou-se e foi até um móvel antigo, onde abriu a gaveta, retirando em seguida uma pasta, fez o caminho inverso e entregou a filha.
-- O que é isso?
-- A escritura do sítio. – permanecia sério, com uma expressão dura e a mão esticada esperando que ela pegasse a pasta.
-- Papai, isso vai ser ótimo! Eu lhe asseguro e você terá total conforto, e Isadora o maior lucro. – concluiu abrindo a pasta para conferir os documentos. – Que brincadeira é essa? – perguntou após ler o conteúdo na escritura.
-- Não é brincadeira. – sorriu com ironia para a filha. – Imaginei a mulher que você se tornaria ao lado daquele crápula, e coloquei o sítio no nome de Isadora, em usufruto, assim, nem você, e nem seu marido pode me tirar daqui ou prejudicar minha neta após minha morte.
-- Isso não tem valor legal, não pode!
-- Este documento foi registrado há quase vinte anos, e tem assinatura da sua mãe. – sorriu vitorioso – Aconselho você procurar um local para morar também, porque aquela casa está incluída no pacote, e sei que minha neta precisa de dinheiro para complementar seus estudos no exterior. – olhou com um ar zombeteiro para a mulher – Preciso da casa para alugar, ou vai para algum asilo?
-- Não pode ser verdade... O senhor não pode me retirar da casa, eu moro lá. – tentou argumentar.
-- Eu também moro aqui, e veja o que você pretendia fazer. – sorriu com sarcasmo – Seu marido, ou ex-marido, não me importa o que seja seu – sorriu novamente com sarcasmo - vive clamando aos quatro ventos que o “mundo é dos mais espertos”. Então vocês encontraram alguém mais esperto. – concluiu cruzando os braços.
-- Irei contestar este documento.
-- Faça como quiser e leve-o com você, poderá precisar, são apenas cópias autenticadas, as verdadeiras estão guardadas. – depois que Rute saiu, sem cumprimentar seu pai, ele riu sozinho e disse calmamente – Podem sair de onde estão, sei que não fizeram o que mandei. – neste momento apareceu uma cabeça loira com um ar sorridente, logo atrás a morena com a mesma expressão, segurando o amigo que estava com a boca fechada com esparadrapo. – O que vocês aprontaram com o menino? – perguntou o velho preocupado.
-- Como não podíamos ser descobertos, Mel achou melhor calar a boca dele. – Júnior apenas emitia alguns sons incompreensíveis.
-- Tirem isso do coitado – ordenou Eliezer.
-- Vô, ele ficou tão bem assim – argumentou a morena.
-- Melissa! – repreenderam os dois juntos.
Os pais de Melissa ficaram felizes com a notícia, eles sabiam o quanto aquele sítio era importante para a filha, a nora e o avô postiço. Daniel ainda disse que iria compra-lo para que não precisasse haver mudanças. Eliezer explicou que a filha agora provaria do próprio veneno, ele se sentia culpado, mas seria o melhor remédio.
-- Apesar de tudo, é filha, e depois de morrer ainda vou ter cinquenta por cento de tudo para ela, então que faça a doação em vida. – disse a Daniel. Eliezer estava gostando da aproximação com o filho do seu grande amor. Muitas vezes, nos gestos e expressões, os dois, pai e filha, lembravam muito Cristina. Imaginou se na verdade ele fosse seu filho, teria o maior orgulho em ver a pessoa que havia se transformado. Melissa observava o velho homem, e no íntimo, entendia bem o que ele estava pensando, olhando para seu pai.
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Os dias voaram, as férias de Melissa estavam acabando, ela tinha que retornar a São Paulo por causa do trabalho, e, para não levantar muitas suspeitas por parte do seu avô. Júnior ficou com Isadora no sítio. Daniel, estimulando o aprendizado da filha, delegava várias coisas, enchendo-a de obrigações, sua intenção era de prepara-la para assumir os negócios da família e seu próprio negócio. Ela chegava ao escritório cedo da manhã, e era uma das últimas a sair. Pensava no retorno para casa, em chegar e não ter a companhia da loirinha. Ela comia alguma coisa e ficava no quarto, abraçada ao travesseiro de Isadora, até adormecer.
Isadora estava triste e pensativa, ela sabia que seu avô estava certo quando falava sobre a reação de Timóteo e do avô de Melissa. Em uma das intermináveis tardes sem a sua morena, ela estava deitada na rede e olhando o sol se pondo no horizonte, por trás das árvores. Neste momento foi surpreendida por seu avô.
-- Por que não vai até São Paulo? Passe uns dias lá e depois volte para pegar seu amigo. – sugeriu se aproximando da mureta e cruzando os braços, olhando na mesma direção da neta.
-- Ela está trabalhando muito, está fazendo até hora extra... – disse pensativa – O lado bom nisto, é que está juntando dinheiro para levar adiante o seu sonho. E eu? Estou aqui, quando poderia ter voltado com ela, para ajuda-la.
-- Minha filha, Melissa sabe o que está fazendo, ela lhe deixou aqui com algum propósito.
-- Qual vovô? – perguntou com pesar. – Ela é sempre tão determinada, segura de si... – os olhos verdes se encheram de lágrimas – Conversamos sobre isso, ela não aceitará a ajuda financeira do avô, quando poderia muito bem pedir a ele ou a Daniel.
-- Talvez o proposito maior tenha sido de segurar o Júnior aqui. – riram – Amanhã o levarei no hospital da cidade, ele fará uma “chapa” para retirar aquele gesso. – olhou em direção a neta – Por que não vem conosco e pega o primeiro ônibus para São Paulo? Tenho certeza que alguém ficará feliz, e não será eu ou Júnior. – voltaram a rir.
Isadora resolveu seguir as orientações do avô. Chegou ao apartamento e viu a bagunça sem fim que havia se transformado aquilo.
“Ah Melissa Cristina, assim que você promete ficar bem? Olhe esta bagunça... resto de macarrão instantâneo, caixa de sanduiche e latas e mais latas de refrigerante. Você realmente é pior que uma criança” – censurava a morena dentro dos seus próprios pensamentos. Começou a arrumar a bagunça. Colocou as roupas sobre os móveis para lavar, limpou o resto de comida na cozinha, e viu que a geladeira estava vazia, só havia latas de refrigerante, resolveu fazer compras, mas, antes de sair, pensou em deixar um recado para ela, no caso de Melissa retornar antes e achar que havia entrado no apartamento errado. Isadora se aproximou da mesa onde estava o telefone, e percebeu a secretaria eletrônica piscar, com o aviso de novas mensagens. Resolveu ouvi-las, poderia ser alguma coisa urgente. A primeira mensagem era de Débora perguntando se ela já havia retornado. A outra era Ester exigindo que a filha retornasse suas ligações e a última uma mensagem que lhe deixou intrigada.
“Oi Cris, sou eu. Liguei para ouvir sua voz.” – uma pequena pausa – “Ontem foi tão corrido que não conversamos direito, aceita jantar comigo hoje? Beijos.”
-- Ontem? Jantar hoje? O que este “conquistadorzinho” pensa que é? Ele não sabe, mas esta morena é comprometida. – reclamou para o telefone e resolveu não apagar as duas últimas mensagens – Ah, vai esperando ela jantar com você hoje, seu babaca!
Quando Melissa chegou, passava das nove horas. Ela entrou distraída, com a mão cheia de correspondências e a outra examinando o bolo de envelopes, não percebeu uma loira esticada no sofá da sala vestida com um roupão. Acendeu as luminárias e só então observou a arrumação. Ela olhou em volta e parou, prendendo o olhar na imagem deitada a sua frente, piscou duas vezes para se certificar que não era sonho. Isadora sorriu, franzindo o nariz, deixando-a desnorteada, sua única reação foi de sorrir. Naquele momento, Isadora teve a certeza de ter feito a coisa certa.
-- Estou sonhando acordada? – perguntou sorrindo e caminhou em direção à loirinha.
-- Terá que me beijar para ver se é sonho ou realidade. – respondeu também sorrindo, em seguida foi envolvida por longos braços.
-- Com o maior prazer! – capturou os lábios da sua pequena em um beijo suave, cheio de saudade. – Por que não me pediu para ir lhe pegar na rodoviária?
-- Queria fazer surpresa. – respondeu sorrindo.
-- Pelo visto conseguiu. – voltou a beija-la e depois se ergueu – Ei, você toda cheirosa e eu fedendo a escritório, deixe ao menos tomar um banho.
-- Prometeu não comer bobagem e advinha o que encontrei espalhado pela casa? – comentou enquanto caminhava atrás da morena em direção ao banheiro.
-- Hum... – bateu as pontas dos dedos no queixo fingindo pensar – Sabe que não imagino?
-- Melissa Cristina, não acredito que comeu porcaria todos estes dias. – olhou bem para ela. – Poderia ter ido à casa da sua mãe fazer as refeições. Trabalha até tarde e ainda não come direito. – reclamou.
-- Tem um lado bom nisso tudo.
-- Qual?
-- Agora vou ser bem paparicada. – respondeu em um tom jocoso.
As duas colocaram a conversa em dia durante o jantar, especialmente preparado por Isadora. A morena achou melhor não esconder e falou sobre as últimas investidas de Joaquim. O assédio estava cada vez mais intenso.
-- Quando ele vai entender que você não quer nada? – perguntou irritada demonstrando ciúme.
-- Acho que nunca, ou até encontrar alguém. – respondeu esticando a mão para alcançar os dedos de Isadora – Vamos sentar no sofá? – percebeu o olhar da loirinha em direção à louça do jantar e o resto de comida que sobrou – Prometo que ajudo você depois, mas antes preciso conversar algo sério.
-- Promete o que? Nada disso sua moreninha comediante. – advertiu com o dedo em riste – EU quem vou LHE ajudar.
-- A ordem dos tratores não altera os viadutos. – sorriu.
-- Não adianta me enganar com frases de efeito dona Melissa Cris... – teve a boca silenciada com um beijo avassalador – Uau! – sentiu suas pernas falharem e foi amparada por braços longos e fortes.
-- O que você estava falando? – perguntou com um sorriso de canto.
-- Não sei... – tentou se equilibrar até chegar ao sofá.
-- Vem cá meu anjo. – amparou Isadora até sentarem – Amor, as coisas daqui para frente tendem a ficar um pouco complicada. – a loirinha virou para olhar dentro dos olhos azuis – Joaquim vai trabalhar com meu pai por alguns meses, no escritório. Estão trabalhando para comercializar os nossos produtos para outros países. – olhos azuis fixos nos verdes, eles viram dúvidas nas esmeraldas. – Isso não foi coisa do meu pai, pelo contrário, advinha quem empurrou a sugestão durante um jantar, colocando Daniel contra a parede?
-- Por que essa insistência em ver vocês dois juntos? Droga! – tentou se levantar, mas foi envolvida pelos longos braços.
-- Sinceramente? Eu não sei o prazer que o senhor José tem em se met*r na vida dos outros, e tentar comanda-las como se fôssemos marionetes.
-- Por isso que ele disse que lhe viu ontem. – pensou alto a loirinha.
-- Onde ele disse isso?
-- Deixou mensagem na secretária eletrônica. Pode ouvi-la, não apaguei, escutei porque poderia ser algo importante como...
-- Shishiii... – colocou um dedo nos macios lábios da namorada – Acredito em você. – beijou o pescoço e mordiscou a orelha de Isadora. – Quero que confie em mim, e lhe peço que não me esconda nada, assim como farei com relação a você. Meu avô não assumiu ainda, mas tenho quase certeza de que ele sabe sobre nós.
-- O que lhe faz ter essa “quase certeza”? – fez uma careta.
-- Ele joga bem, vai pelas beiradas, já vi fazer isso diversas vezes e entendo como funciona aquela cabeça. – puxou o rosto de Isadora para olhar dentro dos olhos verdes – Amor ele vai aprontar, e continuar a armar situações, ou até mesmo nos ameaçar com golpes baixos... – era difícil falar assim do próprio avô, os olhos de Melissa se encheram de água – Nossa arma será nosso amor, a confiança depositada nele, então confie em mim e fale tudo o que acontecer, não vamos deixa-lo vencer. Promete?
-- Prometo. Aconteça o que acontecer, estaremos juntas. – sorriu beijando os lábios e mordiscando o queixo da morena.
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-- Não! Eu amo Cristina, a quero como minha esposa, mas eu nunca faria nada que a prejudicasse.
-- Ela não virá facilmente – respondeu com ironia – precisaremos unir forças para conseguir afasta-la daqueles aproveitadores que ela chama de amigos. – José sabia da relação da neta com a amiga. Ele controlava cada passo de Melissa desde que soube da sua repentina viagem no período de festas, no entanto, achou melhor omitir de Joaquim a natureza desta relação.
-- Tentei por diversas vezes, e tentarei por mais milhões, mas não irei jogar sujo, conheço sua neta e sei bem o que ela me faria se descobrisse.
-- Todos temem aquela mulher. – sorriu – Aquela sim é como eu: determinada, forte, inteligente e audaciosa. – bateu nas costas de Joaquim – Ela com apenas oito anos jogava xadrez e competia em alguns destes torneios escolares, imbatível! – concluiu com orgulho – Melissa Cristina não é sensível como o pai. – lembrou-se da nora – Infelizmente, Daniel vive a mercê dos caprichos daquela vagabunda. – Joaquim ficou espantado com a forma com que o velho se referia à esposa de seu filho e mãe de sua neta. – Bem meu jovem, – acendeu um charuto – darei um tempo para conquista-la, caso não consiga, entrarei na jogada.
-- O senhor não precisa interferir, acredito em mim, não usarei qualquer artifício que possa prejudicar o único grão de esperança que tenho.
-- Vamos ver até onde vai sua honestidade. – Joaquim se sentia desconfortável com a situação, e não entendia o motivo de tanto interesse em afastar a morena dos seus amigos. Ele não suportava Isadora, muitas vezes se referia a ela como “loirinha irritante”, por se met*r nos assuntos de Cristina, mas, não podia prejudica-la, sabia o quanto ela era importante para a morena – “Não sei Joaquim, mas isso está muito estranho. Melhor jogar limpo, Cris adora aqueles dois que moram com ela”. – pensou enquanto coçava seu cavanhaque.
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-- Ele fez de tudo para nos separar... – olhou para o amigo Francisco deitado dobre sua cama, ouvindo-lhe atentamente - Joaquim enviava flores com frequência para Melissa. Por várias vezes, apareceu de repente em nosso apartamento. Ligava nos momentos mais inconvenientes e, como um passe de mágica, coincidência, aparecia em lugares onde estávamos.
-- Foi ele o causador da separação de vocês? – Isadora o olhou de forma pensativa, buscando em sua memória o real motivo.
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-- Isadora, eu vou até o banco, minha mãe deve chegar daqui a duas horas, antes disso retorno. – explicou enquanto juntava seu material por cima da mesa.
-- Mel não pode deixar isso para amanhã? Sua mãe quase não vem aqui, e quando resolve vir você sai.
-- Meu anjo preciso verificar como ficou o rendimento destas aplicações que fiz ou perderei dinheiro. – explicou beijando a cabeça loira.
-- Converse com seu gerente então.
-- Isadora, o gado só engorda diante do olho do dono, este é um dos ditados mais certo que inventaram. – acariciou o rosto da loirinha - Existem coisas que não podemos delegar ou resolver por telefone, e coisas de banco é uma delas.
-- Não demora então, está bem? – pediu com manha.
-- Menos de uma hora estarei aqui. – beijou rapidamente a namorada nos lábios e sentiu o silêncio na casa – Onde ele foi?
-- Bruna está na cidade.
-- Ahã! Isso faz minha cabeça trabalhar rápido. – ergueu uma sobrancelha e saiu cantarolando.
“Ela vai aprontar, tenho certeza”. – pensou sorrindo. Algum tempo depois, ela escutou alguém batendo a porta imaginou que poderia ser Ester, abriu a porta sem verificar e ficou surpresa ao ver quem era.
-- Olá amiga. – disse Débora um pouco agitada – Melissa ou Júnior estão em casa?
-- Não. Quer falar com ele? – perguntou surpresa com a visita, pois fazia muito tempo que não conversava com Débora.
-- Isa eu vim falar com você. – pegou as mãos da loirinha e guiou até o sofá.
-- Falar comigo? O que? – ficou surpresa e apreensiva com aquela visita - Assim você me assusta.
-- Isa, eu vim aqui por um único motivo. – olhou fixo nos olhos verdes.
-- Por qual motivo? Débora assim você me assusta. – sentiu duas mãos envolvendo as suas.
-- Eu vim por você. Isa, eu estou apaixonada por você.
-- O QUE? – puxou as mãos.
-- Eu sei que vai parecer loucura, mas me apaixonei por você, e agora não sei como gerenciar este sentimento que está me consumindo.
-- Débora deixa de brincadeira, e fala logo por que veio aqui. – pediu após se levantar.
-- Verdade Isadora. Estou apaixonada por você e quero que acredite. – aproximou-se da loirinha.
-- Olha, não estou disponível, você sabe que tenho uma pessoa e que a amo, e nunca a largaria por ninguém. – Isadora percebeu que a amiga examinava com frequência o relógio, como se estivesse esperando por alguém, ou contando o tempo ali – Débora, você está bem?
-- Lógico! Quero que você me entenda Isadora, eu amo você e lhe quero, acredite em mim.
-- Isso é loucura garota, eu não quero mais ouvir essas bobagens, por favor, vá embora. – caminhou até a porta e abriu, deixando-a assim. – Saia ou terei eu mesma de coloca-la para fora. – Isadora estava irritada com a visita. Débora ainda tentou convencê-la do seu amor, e, assim que ouviu o som da porta do elevador, aproveitou a distração da loirinha, e segurou o seu rosto, aproximando-se dela e capturando seus lábios em um beijo forçado. Para surpresa de Débora, não era Melissa quem havia chegado, e sim Timóteo, pai de Isadora. Ele presenciou a cena, empurrou com força as duas mulheres para dentro de casa, e fechou a porta, depois.
Fim do capítulo
Mais um capítulo, bjs
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Alexia
Em: 23/06/2017
Olá! Rafa, boa tarde!
Coitada da Isa não merecia nem o pai nem a mãe que tem pois familia que apoia é somente o vo Eliezer quem devia apanhar mesmo nessa história era a oportunista da "Debinha" não é à toa que ela é "inha" que raiva!!!! Até o próximo! Bjs!
Ps o que me conforta é que num capítulo mais a frente Mel irá da uma surra "de leve" nele e isso ainda é pouco pra um crápula como ele!
Resposta do autor:
Ela tem o vô Eliezer, e acredite, as pessoas se acostumam com a ausência de alguns, como se fosse morte em vida. Uma redundância, mas é verdadeira. Só para lembrar, modifiquei algumas coisas. Beijos e bom findi
Mille
Em: 21/06/2017
Bom dia Rafa
Essa visita da Débora tem dedo do senhor José, só que o tiro saiu pela culatra ou melhor dizer acho que esse apartamento será testemunha de um pai preconceito e violento porque ele com certeza vai bater nelas, para ele a Isadora está jogando o grande nome dele na lama ou deixando de conquistar um marido rico. E espero que a Melissa e Ester chegue logo.
É impressão minha o Joaquim não é tal malvado como aparenta??
Bjus e até o próximo
Resposta do autor:
E agora Mille, só terá esta resposta nos próximos capítulos. Fiz pequenas modificações que revolucionou um montão de coisas. Aguarde! Beijos
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lay colombo
Em: 20/06/2017
Débora vai se fuder, vai tomar no seu cu. Aproveita e leva o Timóteo , o avô da Mel é o Joaquim.
Nossa lembro perfeitamente do q acontece agora é o Timóteo é um filho da puta e merecia q a Mel batesse ainda mais nele.
Bom Rafa é isso aí, bjos e até o próximo.
Resposta do autor:
KKKKKKKKK..... Ela vai, mas Timoteo fica para Mel se divertir. Bjs querida, boa semana
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ik felix
Em: 20/06/2017
Cara essa Débora com certeza tá de tramoia com o avô de Melissa. Ansiosa para ler o próximo capítulo e surper ansiosa para descobrir o que fez esse casal se separar. Abraço.
Resposta do autor:
Ela vai se ferrar. Como diria a música: "você perdeu sua vida minha irmã..." Beijos
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