Contém cenas de sexo e algum sangue.
CapÃtulo 6 - A Visita
Capítulo 6
Natasha induziu Elis ao sono. Depois de lhe contar que corria perigo, com o aparecimento de Cordélia, os olhos da jovem mostraram uma inquietação em sua alma. Ela sentou-se na poltrona, visivelmente preocupada, estava processando tudo aquilo que acabara de saber. Elis precisava de um momento para respirar e tentar digerir. Natasha apenas respeitou. Pouco depois Elis disse que precisava avisar o pai, com quem morava, que dormiria fora. Natasha consentiu e esperou que ela avisasse ao pai, para que ele não pensasse que qualquer coisa de ruim tivesse acontecido com ela, apesar que ele não estaria errado, já que algo de ruim quase aconteceu e, ainda, poderia acontecer. Mas Natasha não permitiria, por isso, logo que Elis desligou, ela a fez adormecer e, colocou-a deitada em sua cama, sentindo o seu cheiro ainda mais de perto, o peso suave de seu corpo em seu braços. Como era bom sentí-la. Como queria voltar a senti-la. Não podia deixar que nada de mau lhe acontecesse. Precisava sair e tratar de resolver o problema que arranjara, com o erro que havia cometido.
A porta da sacada estava aberta, as cortinas pesadas, de cor bordô, balançavam levemente com a brisa que adentrava pelo cômodo. O ambiente rústico era iluminado de forma semelhante ao seu apartamento. Havia uma grande cama um pouco afastada da sacada, com a cabeceira encostada na parede e, de ambos os seus lados, haviam candelabros que iluminavam. O lençol e as fronhas dos travesseiros eram da mesma cor das cortinas. Na outra direção do apartamento haviam dois sofás de couro, um de frente para o outro, na cor marrom, combinando com a tonalidade das paredes de tijolos à vista. Atrás de um dos sofás, havia uma mesa daquelas de corredor, encostada na parede, com mais candelabros de bronze em cima e, entre eles, estatuetas de corvos. Preso à parede, um grande retrato, numa moldura de um dourado envelhecido, da moradora do apartamento. Toda aquela decoração, um pouco rústica, bastante secular e elegante era exatamente como a residente gostava. Não que Natasha também não apreciasse, porém lhe trazia muitas lembranças. Olhou novamente para a cama, onde havia estado incontáveis vezes, e contemplou a cena, que conhecia bem. Uma moça deitada, nua, pálida e imóvel. Sua cabeça estava tombada para um lado e, em seu pescoço haviam duas marcas e o sangue escorrido. Era fresco. Podia sentir aquele aroma tentador penet*ar em seu nariz. Sentiu uma vontade imensa de beber aquele sangue, mas não podia. Aquilo era horrível. Aquela vontade feroz de beber sangue. Por mais que se controlasse, aquele ímpeto maldito de provar daquele delicioso líquido vermelho vinha quando sentia o seu aroma inebriante. Distraiu-se por um momento e, então, sentiu um sussurro em seu ouvido.
- Sabia que você viria. - enfiou o nariz em seus cabelos, sentindo o seu cheiro - Ainda sobrou um gole pra você finalizar. - olhou para o corpo em cima de sua cama.
- Cordélia, precisamos conversar. - disse, sem se virar.
- Conversar? - abraçou Natasha por trás, passando as mãos em sua barriga e seus seios por cima do sobretudo. - Não, precisamos de outra coisa.
- Cordélia... - colocou suas mãos sobre as dela, parando o movimento das suas mãos salientes, ainda sentia-se excitada com aquele toque tão conhecido.
- O que você quer me dizer? Você sugou o sangue daquela garota até a sua morte? - ela ainda falava perto do ouvido de Natasha.
Natasha olhou mais uma vez para o corpo sem vida à sua frente.
- Sim. - precisava mentir, para que Cordélia não desconfiasse de seus verdadeiros intentos - se é que se pode chamar assim - para com Elis e, para que ela não a voltasse a seguir, principalmente, que não fosse atrás de Elis.
- Ótimo! - demonstrou satisfação. - Pena que você não quis dividir. Mas, afinal, por que você a seguiu tanto? Por que não a atacou de uma vez quando surgiu a oportunidade? Eu sei que você teve ótimas chances, enquanto a seguia até a casa dela.
Então, Cordélia a havia seguido algumas vezes e sabia, não só da biblioteca, mas também, onde Elis morava. Isso não era nada bom. Como não havia notado a presença dela em seu encalço antes? Ela havia passado despercebida por Natasha, e isso não costumava acontecer, apesar da habilidade de Cordélia.
- Sim, eu tive. Eu estava lutando contra esse impulso de beber sangue. Porém, eu fracassei. - tentou demonstrar desapontamento consigo mesma, mas sem exagerar.
- Não lute contra seus instintos, meu bem, é inútil. - falou com algum descaso, pois era convicta disso.
Natasha retirou as mãos de Cordélia de si e virou-se para ela. Ela estava apenas vestida num robe vermelho, meio transparente, combinando com seus cabelos ruivos. Natasha não pôde deixar de reparar em seu belo corpo, ocasionando um sorrisinho nos lábios de Cordélia.
- Faltou eu trabalhar mais a minha mente, o meu equilíbrio. Não está certo sair atacando inocentes, Cordélia.
- E quem são os inocentes? Todos têm pecados.
- Mas nem todos são maus.
- Leões não escolhem as gazelas por serem boas ou más, nem os lobos aos cordeiros, ou os tubarões às focas. É o que somos.
- Mas nós podemos discernir. Não somos puramente instinto, podemos aprender a nos controlar. - Natasha falou como se estivesse convicta, mas no fundo ela tinha suas dúvidas, ela sabia que era extremamente difícil ir contra essa natureza selvagem, impiedosa. Mas precisava acreditar que era uma questão de aprender a ter autocontrole.
Cordélia a fitou, com um sorriso cínico.
- Você continua insistindo nisso, depois de tanto tempo. Você ainda não percebeu que isso é impossível?
- Não é! Eu tenho conseguido ter algum autocontrole. - tirando algum episódio ou outro, como o último em que mordeu Elis, mas havia parado antes do pior.
Cordélia continuava a fita-la, porém sua expressão foi se tornando séria. Ela deu alguns passos até sua cama e subiu na mesma, engatinhando até o corpo que ali jazia. A jovem mulher ainda tinha os olhos abertos, virados para a parede lateral. Seus quadros, dispostos em diagonal, com imagens de antigos castelos, foram as últimas coisas que ela viu. Cordélia passou a mão no sangue escorrido pelo pescoço de sua vítima. Estava esfriando. Ela virou-se para Natasha e aproximou-se mais, posicionou sua mão em frente ao nariz dela, fazendo-a sentir aquele aroma, que seduzia a ambas.
Natasha fechou os olhos e entreabriu a boca. Não pôde deixar de sentir um êxtase lhe tomando conta dos sentidos.
Cordélia passou seus dedos cobertos de sangue na boca de sua antiga amante e, então, falou com certa malícia:
- Você consegue se controlar diante disso? - passou os dedos na própria boca, manchando-a com o líquido também.
Este era mesmo um golpe baixo, o qual Cordélia sabia muito bem dar. Ter sangue esfregado em sua cara e não ceder, era uma prova pela qual precisava passar, mas ela não tinha tanto autocontrole assim. Não ainda. E esses momentos perto de Elis, desejando-a sem poder tocá-la, eram muito difíceis. Cordélia aproximou seu rosto do de Natasha e lhe lambeu do queixo ao nariz, lhe provocando. Ahh, ela sabia muito bem lhe provocar, conhecia seus pontos fracos. Álias, ela era quem melhor a conhecia. Eram séculos de convivência, cumplicidade e paixão. Elas não eram exclusivas uma da outra, tiveram muitos casos durante suas vidas, porém estavam sempre juntas, o desejo carnal que tinham uma pela outra, a sintonia entre elas, as mantinham unidas. Até que Natasha percebeu o monstro em que havia se tornado e começou a querer lutar contra a ferocidade dentro de si. Cordélia achava aquilo uma besteira, um esforço em vão.
Cordélia continuava a lhe lamber o rosto, espalhando aquele odor de sangue, penet*ando em suas narinas, o gosto já presente em sua boca. Natasha, num ato de reflexo, lambeu a boca de sua provocativa amante. Apesar dos conflitos de ideias, a forte atração que sentia por ela, permanecia. Beijou-lhe a boca avidamente. Cordélia deitou-se atravessada na cama, empurrou o corpo de sua pobre vítima para o chão, abriu o robe e, em seguida suas pernas, fazendo um convite para Natasha. Ela atendeu prontamente ao chamado, deitando-se sobre aquele corpo lascivo à sua frente. O sangue sendo trocado por suas línguas, Cordélia se abria mais, enquanto Natasha a apalpava deliciosamente. Estava completamente molhada, quando Natasha a penet*ou sem cerimônias, fazendo-a jogar a cabeça para trás, gem*ndo prazerosamente. Mexia de encontro àqueles dedos que tanto desejava. O primeiro orgasm* veio, fazendo-a estremecer-se toda. Cordélia, então, virou-se, ficando de quatro, esperando que Natasha a penet*asse novamente. Ela o fez, com dois dedos na frente e um atrás, fazendo movimentos firmes, porém gentis e, depois mais fortes, deixando-a alucinada de tanto prazer.
Permaneceram se entregando à luxúria de seus corpos sedentos, trocando posições e orgasm*s, durante algumas horas, numa noite tão semelhante a tantas outras que compartilharam.
Fim do capítulo
Para quem estava esperando um novo capítulo, obrigada pela paciência! :)
Digam se gostaram, do que sentem falta, para eu poder melhorar.
Comentar este capítulo:
Zaha
Em: 15/07/2018
Oie amore!!!
Finalmente pude logar!! rs
Já disse que nao vou nada com a cara de Cordélia, além de se comportar mal e tem uma atitude sou assim e n vou mudar ainda atrasa a vida da outra..é desses tipos que passa por cima dos outros só pra conseguir o que quer...Nati vai ter mt trabalho e nem sequer gosta dela.. empata felicidade!!
Veremos o que passa!1
Beijaoooo
Resposta do autor:
Oie!!!
Que bom que conseguiu! Muito obrigada por comentar e pelo carinho, Lailicha!!!
Cordélia é fogo, ela se vê como predadora e ponto. Ela e Natasha têm uma história, uma paixão, compartilharam séculos de vida, caçando e conquistando suas vítimas. Então, por isso, desenvolveram um afeto, uma dependência até, uma pela outra. No caso de Cordélia, de certa forma, ela tem um sentimento de posse por Natasha.
Mas vamos ver como se desenrola os próximos capítulos. O que ela ainda irá aprontar, como Natasha irá reagir e o que acontecerá com Elis.
Beijão!!
vanita
Em: 10/07/2018
mor, eu fiquei alucinada, já gostei.... começa a escrever logo a continuação, pq eu estou ansiosissima pra ler...quando eu digo logo, eu quero dizer q é pra ontem, meu amorzinho
parabéns mais uma vez
bjinhos
Resposta do autor:
Oi, mor! Ter te deixado ansiosa é um bom sinal. Fico muito feliz que tenhas gostado do capítulo! Posso demorar uns dias para postar o próximo, pois como vc sabe, estou buscando inspirações. :)
Obrigada por comentar, linda!
Muitos beijos! <3<3
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