CapÃtulo 4
Timóteo achou maravilhoso que sua filha fosse amiga de Melissa, seria mais uma carta na manga, um trunfo que poderia ser bem usado no momento certo, principalmente quando se fala em negócios com grandes empresários, até pelo fato da jovem ser a única herdeira dos Alcântara Peixoto.
-- Minha filhinha que notícia maravilhosa vocês duas amigas – disse beijando a cabeça loira. Melissa, como boa observadora, analisou a cena e percebeu o desconforto da amiga não só pela expressão facial e o olhar, como os sinais do corpo.
-- Sim, isso é muito bom mesmo, Cristina quase não tem amigos aqui na cidade – observou Daniel, pai de Melissa.
-- Na verdade, Cristina não tem muitos amigos nem mesmo em São Paulo – completou Aída, tia da jovem – Precisa arrumar mais amigos, frequentar mais festas, encontrar um namorado de boa família.
-- Espera aí cunhada, minha filha não está desesperada – disse em tom de repreensão - ainda é uma criança para se pensar nestas coisas que começam com “n”.
-- Daniel, cedo ou tarde esta coisa que começa com “n” vai acontecer – constatou Ester.
-- E só assim para meu bisnetinho nascer meu filho – foi à vez do velho José, avô de Melissa falar. As duas jovens assistiam a tudo caladas, mas, ao falar em namoro, Melissa percebeu um desconforto na amiga e procurou sair do assunto.
-- Vovô, o senhor pediu que o veterinário examinasse Marlon?
-- Sim minha querida. Pretende cavalgar hoje?
-- Talvez, ainda não sei. – olhou a amiga que terminava seu café – Mamãe peça a Madalena para preparar uma cesta com comida e suco, por favor. – observou o jeito tímido de Isadora se comportar a mesa - Vamos fazer um piquenique lá no rio. – percebeu um discreto sorriso da amiga, que permanecia de cabeça baixa. – “Ela é tão linda, ainda mais quando fica envergonhada” – pensou Melissa sorrindo.
-- Tudo bem, mas não se atrase para o almoço, receberemos alguns amigos e não quero que saia nada errado.
-- Perfeito. – disse se levantando e beijando a mãe, depois o pai e avô.
Os dias de carnaval passaram lentamente, para o prazer de Isadora, que adorava cada minuto ao lado da amiga.
-- Isa quer pular logo neste rio e deixar de ser medrosa?
-- Medrosa? Melissa Cristina, você já viu a altura deste galho até a água?
-- Oh pequena, chame por este nome mais uma vez e verá do que deverá ter medo – ameaçou a morena que estava dentro da água esperando que a loirinha pulasse de um galho do pé de árvore que dava para o rio.
-- Meu instinto de aventura se restringe em chama-la de Melissa Cristina – gritou de cima da árvore, ouvindo apenas um grunhido como resposta. Ela sorriu e ameaçou pular – Mel, eu vou contar até cinco e pulo.
-- Finalmente, minha pele está ficando toda enrugada de tanto esperar.
-- Um, dois, três, quatro, quatro e meio, quatro e um terço, quatro e um...
-- Isadora se você não pular, subirei até ai e lhe empurrarei – interrompeu a morena.
-- Violenta! – gritou antes de pular. Isadora sentiu a água tocar seu corpo após o pulo, e tão logo emergiu, percebeu que havia perdido a parte de cima do biquíni que usava. Na verdade, como ela não pensava em encontrar diversão naquela fazenda, não havia levado biquíni, sendo necessário pegar um da morena como empréstimo. – Mel, eu preciso de uma ajudinha – disse baixinho com o corpo submerso na água.
-- Qual tipo de “ajudinha”? – perguntou em tom malicioso a morena que nadava em direção à amiga.
-- Muito simples... É... Sabe Mel... – estava envergonhada e sabia que a morena iria fazer daquele incidente uma grande bagunça – É... Mel, eu... Meio que... Eu perdi a parte de cima do meu biquíni com o mergulho – respondeu para logo se arrepender com o sorriso que a amiga ofereceu. – Não ri Melissa Cris...
-- Complete este nome e eu não lhe ajudarei em nada, você permanecerá aqui até os peixes lhe comerem. – ameaçou com o dedo em riste.
-- Você não seria capaz
-- Eu? Lógico que seria – respondeu com um sorriso irônico.
-- Cristina, Isadora dona Ester está chamando para o almoço – gritou o cavalariço se aproximando da água. Melissa pulou para frente de Isadora, tentando lhe esconder. O homem não entendia o motivo do nervosismo das duas meninas e ficou observando-as, até Melissa dispensa-lo. Em um gesto protetor, a morena colocou as mãos sobre os seios da loirinha, percebendo só depois sua garfe. Isadora quase desmaiou ao sentir a pressão daquelas mãos grandes por cima dos seus seios, um nervosismo lhe tomou.
“Ai... ai... ai! Por que isso só acontece comigo? Isadora você é uma desastrada.” – praguejava mentalmente contra si mesma.
-- Isa desculpe, mas foi tudo tão rápido que eu não pensei... Foi um reflexo... Eu... Ah Isa fala alguma coisa... – pediu a morena envergonhada com as mãos sobre os seios da amiga. Isadora apenas olhou para as mãos de Melissa que permaneciam em seu corpo, e quando ela percebeu que continuava a segurar os seios da loirinha, tirou imediatamente às mãos como se estivessem em brasa quente – Desculpe mais uma vez – ambas não sabiam o que falar, ou para onde olhar. A iniciativa de sair daquela situação embaraçosa foi de Isadora.
-- Melissa, você pode sair e pegar aquela sua camisa que estava vestida? Ela é escura e ninguém vai perceber muito se colocá-la com o corpo molhado. – explicou na tentativa de atrair atenção da amiga que parecia em choque - Depois pode vestir a que eu estava usando, ela é clara e ficará transparente, mas você está vestida com as duas peças do biquíni.
-- Ce... ce... certo, vo... você tem razão – saiu da água para juntar as roupas espalhadas. Pegou a toalha e levou até a margem, onde a loirinha permanecia, ainda com o corpo debaixo da água. – Vem logo antes que apareça mais alguém – pediu a morena com a toalha aberta aguardando a amiga. As duas retornaram para casa em silêncio. Melissa tentava entender as reações do seu corpo ao sentir aqueles pequenos seios entre suas mãos. A lembrança daquela pele macia e arrepiada, com os biquinhos em um tom de róseo bem clarinho não saia da sua cabeça. Por outro lado, Isadora sentia vergonha por toda a situação, e, principalmente, por ter sido, mais uma vez, tão criança na presença de Melissa.
“Qualquer hora ela vai enjoar das minhas atrapalhadas... Vai entender que sou muito pirralha para ser sua amiga.” – pensava enquanto caminhava em direção a casa, com os braços envoltos no próprio corpo, estava receosa que alguém percebesse “sua liberdade” por baixo da camisa.
-- Meninas que demora! Ester já estava preocupada – disse Amélia, irmã mais velha da mãe de Melissa – Subam para trocar de roupa logo, antes que peguem um resfriado. – apesar de ser meados de fevereiro, a fazenda ficava em uma região serrana, era normal começar esfriar nesta época do ano.
Apesar de constrangedor, o episódio foi logo esquecido ou substituído por coisas mais interessantes. Melissa aproveitou a oportunidade para ensinar a amiga a montar. O seu avô, senhor Eliezer Marcondes, possuía um sítio, e criava alguns cavalos, mas Isadora morria de medo em montar.
-- Isa, o pobre cavalo não vai querer lhe comer como sobremesa, apenas demonstre confiança e a recíproca será verdadeira.
-- Fala isso porque você é tão grande quanto ele. Olha para mim e olha a altura deste ser – apontou para o cavalo e depois colocou as mãos em sua cintura - caso ele resolva me derrubar eu nunca mais ando – observava o animal com receio.
-- Esse período em que ficamos juntas, pelo menos serviu para uma coisa – constatou a morena.
-- O que?
-- Descobrir que seu medo não é proporcional ao seu tamanho.
-- Melissa Cristina...
-- Isadora, eu juro que se me chamar assim novamente eu lhe amarro em Marlon e puxo até encontrar o Tártaro. – ameaçou enquanto alisava o cavalo, tentando acostuma-lo a presença da loirinha.
-- Nem vem minha querida, aqui não tem o rio Oceano, e nem muito menos fica próximo ao Vesúvio, então não adianta ameaças... – explicou de forma arrogante - Isso não me coloca medo, até porque eu sou uma menina inteligente e de aparência angelical, ou seja, irei para os Campos Elísios. – explicava sem se importar muito com o que a morena estava fazendo. Melissa puxou seu cavalo para perto da loirinha, colocando-a no braço e subindo em seguida no animal. Com aquele contato, Isadora perdeu, momentaneamente, a capacidade de reagir. A morena se colocou atrás de Isadora, e quando puxou as rédeas do cavalo, foi inevitável o contato entre os dois corpos. A morena saiu a galope, causando medo na amiga que se encolheu entre as mãos e braços que conduziam as rédeas e o corpo maior. – Meeeelll, vai mais devagar...
-- Ué, cadê aquela menina inteligente e de rostinho angelical? – debochou a morena, que aos poucos sentiu as madeixas loiras caírem sobre seu rosto, e aquele perfume cítrico foi aos poucos lhe embriagando. Melissa sentia seu corpo responder aquele contato e ao cheiro da amiga, aos poucos foi puxando-a mais para si. Isadora, também sentia aquele contato, e a segurança em permanecer envolvida por aqueles longos braços fortes, foi lhe dominando. – Tudo bem? – perguntou Melissa, falando baixinho em seu ouvido.
-- Sim. – respondeu com um sorriso, sentindo o contato e as reações que aquele corpo lhe provocava.
-- Vou diminuir a velocidade, você segura às rédeas e aos poucos vou lhe passando o controle.
-- NÃO! – gritou nervosa.
-- Calma, estou aqui, qualquer coisa eu volto à segura-las. Tudo bem? – falou com um tom tranquilizador. Isadora aceitou o desafio, segurou as rédeas e foi, aos poucos, controlando o cavalo. Melissa ficou feliz com mais este obstáculo ultrapassado pela loirinha, ela envolveu o corpo menor entre seus braços, segurando-a pela cintura – Isso... Calma, controle e confiança... Deixe-o senti-la também – sussurrava enquanto caminhavam.
Passaram o resto da tarde andando a cavalo, parando apenas para um rápido lanche na casa de um dos colonos que viu Melissa crescer.
-- A menina Cristina sempre foi muito levada. Ela saia galopando desde muito nova. – explicava o colono José Borba para Isadora, entre um gole e outro de café – Ela deixava o seu Daniel e dona Ester sempre muito preocupados. Muitas vezes ela subia em árvore, pescava, e tudo isso era coisa que o avô nunca aprovou, mas seu Daniel dizia que era para ela aprender a se defender, tomando anticorpo das safadezas do mundo. – Isadora ouvia a narração com determinado fascínio, a amiga era realmente uma pessoa surpreendente. – A menina já contou para ela que luta?
-- Não Borba, eu deixei a melhor parte para você fechar com chave de ouro – concluiu com ironia.
-- Menina Cristina, não adianta que eu não me deixo levar por cara feia. – serviu-se de mais um copo de café – Meu filho é faixa escura dessa luta que quebra gente, ele que ensinou a menina a lutar desde que era pequena.
-- Você luta Mel? – perguntou Isadora boquiaberta.
-- Mel? Quem danado é esse “tar” Mel? – perguntou o velho homem.
-- Sou eu Borba, graças a Deus nem todos me chamam por este nome horrendo. Eu luto Isa, Enrico me ensinou a lutar artes marciais desde que eu tinha sete anos, hoje sou faixa preta e não faixa escura senhor Borba – conclui a morena corrigindo o homem.
-- Ela e meu filho já saíram chutando uns traseiros pelas vizinhanças uma vez que derrubaram as cerca.
-- Eles mereceram, além de caluniarem meu avô, ainda nos ameaçaram. – neste momento, Isadora percebeu uma expressão de decepção no rosto do homem mais velho, enquanto Melissa falava com orgulho do avô. Vendo que aquilo estava perturbando o senhor, ela interrompeu Melissa, chamando-a para continuarem o passeio. Despediram-se do colono e retornaram por outro caminho para a loirinha apreciar novas paisagens.
Enfim, os dias de aula recomeçaram, e com eles a presença do namorado de Melissa entre as duas.
Isadora estava sentada, no pátio do colégio, lendo um livro de Jorge Amado, um dos seus autores favoritos. Quando percebeu a aproximação da amiga, fez de conta que não tinha visto, talvez assim ela se afastasse e desistisse de querer apresenta-la a seu namorado. Sua ideia foi por água abaixo, pois Melissa fez questão de apresenta-los e ainda convidou-o a fazer companhia para elas.
-- Isa este é o Tiago, meu namorado – apresentou sorridente morena.
-- Tiago, essa é minha amiga, aliás, minha melhor amiga, Isadora. – o garoto era muito bonito, mas tudo que se passava naquele momento na cabeça de Isadora era esganá-lo pelo pescoço ou explodi-lo mentalmente.
“Exploda! Vá menininho lindo, exploda... entre em processo de combustão espontânea” – pensava para si, achando graça, depois, da sua miserável situação em ter de dividir a pessoa que mais amava com aquele, “Mauricinho” pereba. – “A mulher que eu amo? Eu amo você Melissa?”.
-- Olá Isadora, muito prazer – disse o jovem se aproximando da menina para lhe beijar a face.
-- O prazer é meu – respondeu estendendo a mão para um simples aperto, desfazendo-se dos dois beijos.
Os momentos entre as duas amigas não eram mais os mesmos, sempre estavam na companhia de Tiago, e mesmo com sua ausência, Melissa fazia questão de falar sobre o namorado. Os meses passaram rápido, Isadora achava que as circunstâncias já haviam levado ao seu limite, ela resolveu se afastar um pouco da morena, o que não foi bem aceito por Melissa. Isadora viu que estava na hora de fazer novas amizades, ela entrou para um grupo de teatro do próprio colégio. Foi neste período que conheceu Bárbara, uma aluna da turma de Melissa, mas que não tinha uma fama muito boa entre as meninas da escola. A morena começou a presenciar com frequência as duas garotas conversando, sorrindo e até saírem juntas após as aulas, e, de alguma forma aquilo incomodava. Ela se sentia muito incomodada com aquela situação e triste por não ter mais atenção da loirinha. Ela não sabia explicar muito bem as reações explícitas de ciúmes que sentia, mas aquilo já estava passando dos limites.
-- Melissa você vai permanecer a noite toda controlando Isadora com olhares? – perguntou Tiago sentado a uma mesa na praça de alimentação do shopping.
-- Não é isso – respondeu com o olhar fixo na loirinha, soltando a mão do namorado - a Isa é muito ingênua, e essa menina... Ah, você sabe a fama que ela tem. – falava em tom de preocupação, disfarçando um pouco o ciúme que sentia.
-- Aposto que sua amiga conhece a fama de Bárbara Ferreira, ou acha que isso é segredo para alguém? – perguntou enquanto voltava a comer seu sanduiche, e observava à namorada.
-- Será? Você não conhece bem a Isa, além de tímida, ela é muito ingênua – cerrou os olhos em direção à mesa onde as duas estavam fazendo um lanche entre sorrisos – Mesmo assim conversarei com Isadora, afinal ela é como se fosse uma irmã. – “Irmã? Será que irmã sente tanto ciúme assim da outra? Um ciúme que chega doer?” – perguntava-se enquanto voltava a comer seu sanduíche com bastante requeijão.
-- Esse troço que você passa na comida chega a ser nojento sabia? – olhava para o excesso de requeijão.
-- Eu amo isso, não entendo o motivo de tanto nojo – respondeu irritada.
-- Desculpe. – ponderou - Quanto sua amiga – resolveu mudar de assunto antes que sobrasse para ele - Você quem sabe amor, mas agora, bem que poderia prestar mais atenção em mim – pediu o rapaz beijando em seguida a boca da namorada. Isadora virou o rosto por um segundo em direção à mesa e, diante da cena, encerrou o sorriso e procurou convencer Bárbara a sair dali o mais rápido possível. Quando Melissa olhou em direção a mesa onde antes permanecia a loirinha, agora estava vazia. Olhos azuis vasculharam rapidamente o local, sem vestígios da amiga. – Acho que ela já foi amor – observou Tiago após beber seu refrigerante.
-- Estou vendo – respondeu de forma vencida, voltando a beber seu refrigerante.
Na mesma noite, ao chegar a sua casa, Isadora estava exausta: aula pela manhã, havia estudado à tarde quase toda, e ainda tinha ido ao ensaio de uma peça da escola, na qual ela era a autora, e depois do ensaio, por muita insistência de Bárbara, as duas haviam passado no shopping para um lanche rápido, o que lhe causou uma imensa tristeza, ao perceber sua amiga aos beijos com o namorado. A loirinha já se dirigia ao seu quarto quando ouviu alguém bater a porta, retornou curiosa em ver quem estaria ali, naquele horário, e ao abrir, teve uma surpresa.
-- Mel, que surpresa! Aconteceu alguma coisa?
-- Sim, aconteceu. – respondeu entrando e olhando em volta. – Sua mãe?
-- Ela saiu, foi a um jantar, só deve voltar bem mais tarde.
-- Bem, vou direto ao ponto – estava ansiosa – Isa, eu acho que deveria se afastar da Bárbara.
-- Afastar-me de Bárbara? – sacudiu a cabeça na tentativa de entender o que se passava – Por que devo me afastar dela? – perguntou abrindo os braços em um gesto de dúvida.
-- Não sabe dos comentários no colégio? – foi à vez de Melissa perguntar, olhando fixamente os olhos verdes da amiga e segurando-a pelos ombros.
-- Quais comentários?
-- Ora Isadora, todos dizem que a Bárbara... Que ela... Ah, ela gosta de meninas – respondeu irritada, ainda segurando a loirinha pelos ombros.
-- E o que você tem com isso? Acaso tem algum problema ela ser homossexu*l*? – perguntou olhando profundamente nos olhos azuis da amiga.
-- Não tenho preconceitos, apenas... Eu... Não quero que falem de você - completou vencida, soltando-a e sentando-se ao sofá.
-- Isso mudaria alguma coisa entre nós? – estava curiosa e com um fio de esperança de que aquilo fosse ciúme.
-- Claro que não. Somos amigas, e tenho você como uma irmã mais nova. Só não quero que a machuquem. – respondeu vencida.
“Droga Melissa, a quem quer enganar? Você está morrendo de ciúmes desta baixinha”. – pensou a morena.
-- Ninguém me machucará, sei me cuidar muito bem – respondeu irritada ao ouvir o termo “irmã mais nova”.
-- Então continuará andando com ela? Continuarão amigas?
-- Mel lembra-se do dia que nos encontramos na fazenda do seu avô, no carnaval? – suspirou e percebeu os olhos azuis fixados em seu corpo, por um momento pensou que este olhar a estava devorando, logo em seguida caiu em si, com a lembrança da frase “irmã mais nova”. – Você disse que todos possuem um segredo.
-- Qual é seu segredo? Pensei que não existiam segredos entre nós. – estava com a cabeça jogada para trás, apoiando-a no sofá.
-- Não havia, mas você quis assim.
-- Eu? Do que está falando? – levantou-se e caminhou até a amiga. – Nunca pedi que me escondesse nada. Não entendo no que você se baseia.
-- No dia da festa no clube – cuspiu em tom de reprovação - Você e o Tiago... Vocês estavam no maior amasso – estava muito irritada – depois ouvi uma conversa entre ele e seus amigos que vocês haviam chegado aos finalmente.
-- Ele falou isso? Cafajeste! – esbravejou após esmurrar uma almofada – Isso era para ser algo entre nós dois, eu pretendia lhe contar, mas não agora – quis se desculpar à morena.
-- Então não me cobre fidelidade, afinal tenho direito a ter meus segredos, já que você tem os seus.
-- E... – não sabia como perguntar, também tinha medo da resposta – E vo... vo...você tem algum segredo que eu não saiba? – implorava mentalmente para a resposta ser negativa.
-- Tenho – suspirou e depois se levantou da poltrona que segundos antes havia se jogado. Caminhou na direção oposta à amiga, pensou em como falar aquilo, novamente se lembrou da frase: “irmã mais nova”, e sua raiva retornou – Estou namorando a Bárbara, somos sim um casal e não me importo com o que falam de mim ou dela – cuspiu tudo de uma vez só, deixando a morena paralisada.
-- Você namorando uma mulher? – perguntou com uma expressão que era um misto de nojo e raiva.
Fim do capítulo
Garotas, muito... muito obrigada pelo carinho e recepção que estou tendo aqui e pelo face. Novamente: vocês são demais! Olha mais um capítulo saindo, só não é tão novo... kkkkk. Beijos garota e até a próxima.
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joanna costta
Em: 26/05/2017
Poxa a mel so dar bola fora também a Isa provoca também.
Vamos rever o desenrolar dessa história linda.
Bjs autora linda
Resposta do autor:
Elas são impossíveis, mas a melhor fase mesmo é essa da descoberta, o flerte propriamente dito. Beijos e até amanhã
lay colombo
Em: 25/05/2017
Parece q o jogo virou não é mesmo Melissa Cristina kkkkkkkkkk
Resposta do autor:
Como diz na minha terrinha no noredeste: Oxe, lascou-se! kkkkkkkkkkkkkkk
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Mille
Em: 25/05/2017
Boa noite Rafa
Mel com ciúmes mais poxa a Isa também sente o mesmo.
E que mãos bobas da Melissa???
Bjus e até o próximo
Resposta do autor:
Vou confessar uma coisa Mille: se estivesse com mais tempo, já teria mudado algumas coisas só para causar polêmica. Infelizmente estou cheia de coisas, mas a vontade... Beijos e até o próximo capítulo
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Luuanna
Em: 25/05/2017
Essas duas viu, é tão na cara o sentimento uma pela outra que só elas que ficam com lerdeza, kkkkkk
adoro a Mel, esse senso de proteção dela ????
Bjss Rafa
Resposta do autor:
Mel é caidinha pela loira, mas o medo.... Ai que vontade de modificar o meio do campo para tornar algo inédito para vocês...kkkkkk Beijos
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Kelly almeida
Em: 25/05/2017
Cheguei tenho que dizer Rafa adora essa boca intêligente da Isa, jà estou intima kkk. Melissa vem pra o lado colorido da vida, estou que você esta sentido não é super proteção não é ciúme brabo como diz aqui no nordeste.
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