Capítulo 2 Quando tudo parece melhorar...
CAPÍTULO 2: Quando tudo parece melhorar...
Júlia e Sophia saíram algumas vezes durante a semana, se divertiam bastante juntas, logo esqueciam de tudo a sua volta quando estavam juntas.
Sophia estava recuperando a alegria de viver de Júlia, aos poucos soube da tragédia que aconteceu, mas uma coisa que estava incomodando a morena era que, toda vez que estavam juntas e o clima esquentava a loirinha fugia, já não sabia mais o que pensar.
Decidiu então que desta noite não passava, ligou para Júlia marcou da mesma ir em sua casa as 22:00 horas para assistir um filme, Júlia na inocência aceitou.
Na hora marcada estava na porta de Sophia.
-- Oi linda -- disse beijando-a no rosto assim que abriu a porta.
-- Oi -- disse puxando-a para um beijo carinhoso -- entra.
Sentaram no sofá e escolheram um filme de comédia, o filme era legal mas não prestaram muita atenção, Sophia estava abraçada a loira que lhe acariciava os cabelos, em uma parte do filme Sophia não aguentava mais esperar e atacou Júlia.
A puxou para um beijo cheio de desejo, desceu a boca com beijos molhados pelo pescoço, mordiscando e ch*pando, deixando sua marca, quando ouviu o gemid* de Júlia sabia que poderia continuar, colocou as mãos por dentro da camisa da loira lhe arranhando de leve a barriga e subindo sua camisa, chegou aos seios e apertou, Júlia gem*u novamente já envolvida no clima, a puxava mais pra si, a morena sentou em seu colo a livrando da camisa e mordiscou o lóbulo da orelha e desceu aos seios, em um resquício de sanidade Júlia se manifestou.
-- Espera So... phia -- a voz saia entrecortada em um sussurro rouco, sua respiração estava ofegante.
-- Eu não quero esperar -- disse beijando-a e sussurrou de forma sensual ao seu ouvido -- Eu quero você.
Ao ouvir as palavras de Sophia gem*u, e logo em seguida viu-se sem seu sutiã e sentiu as mãos da morena apertando seus seios, e gem*u novamente.
-- Sophia... seus, pais... eles podem chegar -- o desejo não deixava se concentrar -- Espera Soph...
-- Shii, eles não vem pra casa hoje -- após dizer isso desceu sua boca para os seios de Júlia e sugou ora um ora outro com vontade, para ela eles eram lindos, simplesmente perfeitos e só de olhar já aguava sua boca.
Quando sentiu o corpo de Júlia relaxa a deitou no sofá e desceu tocando de leve, arrepiando mais a pele que já estava arrepiada. Desceu sua mão ao sex* da loirinha e acariciou por cima da calça, as mãos de Júlia logo seguraram as de Sophia tentando impedi-la, mas teve suas mãos presas acima da cabeça.
-- Júlia relaxa, me deixa te ter -- sussurrou ao ouvido da loira e em seguida lhe deu um ch*pão dolorido no pescoço que a outra gem*u de dor, então depois deu um beijinho por cima da onde tinha machucado -- eu preciso te sentir, você está me deixando louca.
Não esperou resposta e deu um beijo de tirar o fôlego, desceu a mão para dentro da calça da loira acariciando por cima da calcinha, o sex* já estava molhado.
-- Amor... vamos... pro seu quarto então -- nem percebeu como havia a chamado, mal conseguia respirar -- por favor... alguém pode... entrar.
Sophia tinha escutado a forma que Júlia tinha a chamado e gostou, ao perceber que a loirinha estava realmente com medo de serem pegas, parou de beija-la e tirou a mão de dentro de sua calça e a pegou pela mão.
-- Vem -- a puxou para subir as escadas, roubando beijos durante o caminho.
Chegaram ao quarto e Sophia foi surpreendida por Júlia que a colocou contra a porta e beijou seu pescoço, posicionou sua perna pressionando seu sex*, assim que a loira ouviu a morena gem*r, pegou suas pernas e as subiu fazendo Soph a enlaçar sua cintura, e a levou para a cama.
Se despiram e Júlia desceu beijando seu corpo, colocou sua mão no sex* da morena e brincou com seu clit*ris massageando e fazendo Soph arranhar suas costas, enquanto massageava subiu sua boca ao seu pescoço e deu uma ch*pada dolorosa.
-- Ai! -- Sophia gem*u de dor misturado a prazer.
-- Só estou te dando o troco linda -- sussurrou ao seu ouvido.
Júlia não esperou mais e desceu sua boca ao sex* da morena passando sua língua de leve e logo em seguida ch*pando de forma voraz, a cada ch*pada parava e passava a língua de leve massageando, levando Sophia a loucura e desespero.
-- Júlia... não tortura -- dizia ofegante -- por favor termina logo!
Júlia não esperou mais nenhuma palavra, começou a ch*par com mais vontade sentindo o gosto de Soph e saboreando, logo introduziu um dedo, ouvindo Sophia gritar de prazer e introduziu mais um dedo. Viu Sophia rebol*r cada vez mais, então suas estocadas ficaram mais fortes junto das ch*padas.
Logo viu o corpo se contorcer em um espasmo forte e explodir em um orgasm*. A loira subiu beijando o corpo da morena e deu-lhe um selinho, deitando-se ao seu lado esperando que Soph recuperasse a respiração que estava ofegante.
-- Júlia, o que você fez comigo?
-- Achei que soubesse -- riu de forma debochada.
-- Eu também achei, mas você me surpreendeu -- disse a abraçando.
-- Surpreendi? achou que trans*r comigo fosse ruim? -- disse fingindo-se de brava mas com um sorriso safado nos lábios.
-- Claro que não, mas não pensei que seria tão prazeroso -- disse apertando mais seus braços envolta da cintura da loira e afundando sua cabeça nos seios de Júlia que ainda estavam desnudos.
-- Eu sei, eu sou uma máquina mortífera na cama -- disse rindo.
-- Você é uma convencida! -- disse ainda com a cabeça entre os seios da loira, então começou a passar a língua, logo ch*pando-os -- é minha vez de te surpreender.
Livrou-se da calça que Júlia vestia, tirando também sua calcinha, beijou seu corpo, ch*pou mordeu, Júlia estava totalmente entregue, Soph foi ao seu sex* ch*pando com vontade deixando Júlia em êxtase. Próxima a explodir em um orgasm* sentiu Sophia passar os dedos por seu sex* pronta para introduzi-los, então ficou tensa.
-- Soph... com os dedos não -- disse conseguindo segurar as mãos da morena antes de que o ato fosse concluído.
Sophia viu o corpo da loira ficar tenso e a mesma segurar suas mãos, então parou de fazer o que estava fazendo e a olhou, agora tudo estava fazendo sentido.
-- Júlia você é virgem? -- perguntou observando as expressões do seu rosto, e a viu acenar de forma positiva com a cabeça de forma tímida.
-- Sou... quer dizer, de penet*ação... eu nunca... -- estava vermelha como um tomate e não conseguia formular uma frase.
-- Ei não precisa ficar com vergonha, todos um dia já fomos virgens.
Sophia disse tentando fazer graça mas deixou Júlia mais envergonhada colocando um travesseiro por cima do rosto.
-- Para, vem cá -- disse tirando o travesseiro de seu rosto e à beijando de forma carinhosa -- tudo ao seu tempo minha loirinha.
Deitou-se ao seu lado abraçando-a e beijando seu rosto, pescoço e boca, Júlia ainda estava tensa e demorou um pouco para relaxar, depois de um tempo quando viu a loira fechar os olhos, antes que dormisse mordiscou o lóbulo de sua orelha levando sua mão ao sex* da mesma massageando, assim que Júlia abriu os olhos para olha-la viu um sorriso sacana e teve seu sex* invadindo por uma língua que a devorava, logo explodiu em um orgasm* e teve seu corpo abraçado pelo da morena.
Ao sentir Júlia preguiçosa em seus braços, quase dormindo, resolveu fazer uma pergunta que há tempos queria fazer.
-- Namora comigo?
-- O que? -- cerrou os olhos e se afastou dos seus braços para encara seu rosto.
-- Eu perguntei se quer namorar comigo.
Tentou decifrar a expressão do rosto da loira mas não conseguindo, se arrependeu de ter feito o pedido, talvez fosse cedo demais.
-- Júlia desculpa, eu não devia ter pedido assim do nada, mas não precisa fazer essa cara...
-- Calma --- disse rindo e beijando-a -- faz o pedido de novo.
-- Júlia se você não quer tudo bem, mas não precisa tirar sarro
-- Você fica sempre nervosa assim? Acho que vou ter problemas te namorando.
-- Não é isso, é só que você fica rindo de mim, e... você aceitou meu pedido? -- percebeu pelo que Júlia tinha falado.
-- Falei pra você fazer o pedido de novo.
Sophia suava frio, estava ficando até com dor de barriga.
-- Júlia você aceita namorar comigo? -- recebeu um lindo sorriso e um beijo.
-- Sim, fazia já um tempo que estava esperando seu pedido. – falou ainda sorrindo e a abraçando mais.
Adormeceram uma nos braços da outra, Júlia sentia uma paz quando estava com Sophia.
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Alguns meses depois
Fazia um tempo que as duas estavam namorando, e oito meses da morte de Paul, a família San'Germany continuavam excluindo Júlia, os únicos que ainda a tratava bem era Rebecca e Bryan.
-- Vamos almoçar comigo hoje tigrinha? – Caroline a chamou.
-- Não vai dar linda, hoje eu completo 6 meses de namoro com a Soph, quero fazer uma surpresa pra ela.
-- Eu não gosto dessa garota! -- dizia enciumada cruzando os braços e fazendo bico -- Você sempre me troca!
-- Para de implicância Carol, você nem deu chance de conhece-la sua ciumenta, eu a amo de verdade e também amo você priminha -- disse beijando seu rosto.
Ao sair da casa de sua prima, foi até uma joalheria comprou um par de alianças que já tinha encomendado com um mês de antecedência. A aliança era de prata com detalhes a ouro.
Particularmente não gostava de joias douradas mas Sophia adorava tudo que era de ouro, era muito patricinha adolescente que adorava ostentar, mas ao mesmo tempo uma mulher de tirar o fôlego, forte e decidida.
Passou em uma floricultura e comprou um enorme buquê de rosas vermelhas, e um enorme urso de pelúcia, o urso era tão grande que batia da altura do rosto da loira até um pouco abaixo de sua cintura, comprou também os chocolates preferidos de sua namorada.
Ligou para se certificar que não estava em casa.
-- Alô?
-- Oi meu amor, está em casa? Quero te ver.
-- Ju, não estou... eu... -- fez uma pausa e prosseguiu -- agora não da anjo, estou na empresa com meu pai o ajudando. Podemos nos ver mais tarde?
-- Tudo bem amor, que horas vai estar em casa?
-- Chego umas 18:00 horas.
-- Perfeito, até as 18:00 então, beijo te amo.
Eram 16:00 horas, Júlia pegou um taxi. Já tinha superado o medo de andar de carro, porém não os dirigia e nem andava no banco da frente.
Sabia que esse horário Sophia estaria ajudando seu pai na empresa deles, no dia anterior pegou a chave da casa da Sophia com sua mãe, para lhe fazer uma surpresa. Seus sogros a adoravam, lhe tratavam como filha.
Chegou na casa da sua namorada, abriu a porta e entrou, pretendia fazer uma surpresa quando ela chegasse. Ao entrar ouviu um barulho vindo do piso superior, estranhou, pensou que podia ser um possível assalto, colocou os chocolates na mesa de centro da sala e foi até a escada.
Os barulhos foram ficando nítidos, se transformando em gemid*s, ao olhar para o chão pode ver roupas espalhadas. Não pensou em nada apenas agiu por instinto e subiu as escadas, os sons ficavam mais fortes e viu a porta entre aberta do quarto de Soph e abriu devagar sem fazer barulho.
A cena que viu a fez perder os sentidos por um tempo, e apenas ficou ali olhando sem conseguir se mover.
Era Sophia por debaixo de um rapaz de porte alto, pele branca e cabelos castanhos, este estava de costas para a porta e nenhum dos dois percebeu os olhos que observava o ato de sex* bruto que faziam. Sophia dizia palavras desconexas e cravava o pouco de unha que possuía nas costas do rapaz deixando marcas vermelhas, já o rapaz era grosso e a pegava com força, as estocadas eram forte o bastante para deixar qualquer mulher dolorida no dia seguinte sem conseguir nem fechar as pernas direito. Ouviu um urro dos dois e o rapaz cair por cima de sua namorada.
A cena que viu lhe deu nojo, saiu do transe que se encontrava, mas não se moveu. Continuou ali de pé na porta.
O rapaz fez uma menção de se levantar flexionando seus braços na cama e Júlia viu na parte interna de seu bíceps direito uma marca familiar e não pode deixar de expressar o susto, tinha que ser um engano, só podia ser um pesadelo. Deixou o buquê de rosas cair ao seus pés fazendo um barulho então o casal virou sua atenção para ela.
Sophia empurrou o rapaz que estava ainda encima de si e olhava pra Júlia por cima do ombro, os dois pareciam estar surpresos, Sophia arregalou os olhos ao perceber ter sido pega em flagrante.
-- Ju... Júlia o que você está fazendo aqui? -- pegou o lençol e se cobriu.
-- Estava trabalhando com seu pai não é? -- disse com uma raiva contida na voz, mas ainda em choque.
-- Júlia... como você entrou aqui?
-- Sua mãe me deu a chave ontem, eu vim fazer uma surpresa por nossos 6 meses de namoro -- deu um sorriso de canto de boca e riu irônica -- mas pelo visto quem teve a surpresa fui eu.
Saiu andando lhe dando as costas ainda com o urso gigante nos braços e desceu as escadas às pressas. Sophia pegou o roupão que estava próximo a cama e correu atrás dela ainda se vestindo, o rapaz ainda continuava parado em choque por ter sido pego em flagrante.
A morena alcançou a loira próximo a porta e gritou tentando impedi-la de sair.
-- Júlia espera, eu posso explicar!
-- Não tem o que explicar Sophia, você é uma vagabunda! -- disse jogando o urso ao chão perto dos pés da sua namorada, ou ex.
-- Júlia...
-- Logo com ele Sophia?! -- exclamou extremamente nervosa e magoada -- Há quanto tempo?
Sophia estava calada, não sabia o que fazer, nunca viu Júlia naquele estado, chorando daquela forma. Júlia secou com o dorso da mão suas lagrimas com certa violência, como se isso fosse uma punição por elas estarem caindo sem seu consentimento.
Nunca chorava na frente de ninguém, os únicos que já haviam a visto chorar eram Paul e Caroline.
Se aproximou pegando Sophia pelos braços e apertando com violência.
-- Me responde Sophia!
Soltou um dos braços dela e colocou a mão livre na testa tampando os olhos, respirou fundo tirou a mão da testa e continuou a falar.
-- Faz tempo não é? -- deu um sorriso de dor balançando a cabeça negativamente e apertando com mais força o braço da Sophia -- Por isso que tinha vezes que íamos trans*r e você estava tão sensível, e eu idiota tomava todo cuidado do mundo para não te machucar, o pior é que eu nem desconfiava o porquê de tanta sensibilidade, eu sou uma idiota mesmo! ... Era porque aquele filho da puta te fodia com essa brutalidade toda! Sua vadia!
-- Me solta Júlia, está me machucando.
-- Isso não é nada comparado ao que você merecia, você é o que Sophia? Por que fez isso, e logo com ele? -- indagava voltando a chorar. -- Você é uma puta.
Levou um tapa que deixou o rosto da loira vermelho de imediato, soltou o braço da morena com agressividade e saiu pela porta.
Já na calçada se curvou apoiando-se ao carro que estava estacionado ali então vomitou, sentia que seus joelhos iam ceder, terminou de vomitar enxugou seu rosto ainda molhado e sentiu o toque de Sophia em seu ombro para ajudá-la.
-- Está louca? NAO ENCOSTA EM MIM! -- dessa vez seu grito não foi contido quanto os outros, esse foi letal cheio de ódio.
-- Júlia me desculpa, eu não devia ter te batido eu... não sei o que te dizer, me perdoa amor, eu não queria... Eu te amo Júlia -- disse segurando seu braço.
Júlia já tinha endireitado seu corpo e puxou seu braço do contato das mãos da morena, pegou uma mão e levou a testa segurando-a novamente e tampando os olhos e respirando tentando se acalmar.
-- Nunca mais me chama de amor, e não fale que me ama, eu nunca mais quero te ver está me ouvindo?
-- Esta sujando meu carro! -- gritou a voz masculina.
As duas olharam para o rapaz que estava na varanda da casa de Sophia observando as duas brigarem, Júlia percebera agora que o carro era dele.
Avançou e o pegou pelo colarinho da blusa que já usava, o empurrando para uma pilastra que sustentava o telhado e lhe deu um soco em seu estomago ainda segurando-o pela gola da blusa.
-- Por que fez isso seu cretino? Você sabia que eu estava com ela!
-- Não contou ainda a verdade a minha irmãzinha Sophia? -- disse debochado e levou um soco na boca, depois de um tempo gritou com a dor do soco. -- ela foi paga para terminar com você, sua idiota!
-- Cala a boca Luciano! -- Sophia se desesperou indo em direção a Júlia mas parou a onde estava quando a viu vermelha, parecia que teria um ataque do coração. -- Júlia me escuta por favor.
-- Fala a verdade Sophia, acabou o jogo! Ela foi paga para ficar com você para te manter afastada da empresa e de confusões, mas mamãe descobriu e repudiou a ideia de ter uma filha lésbica como você, sua anormal! Então depois pagamos a ela novamente para terminar com você, mas dessa parte acho que ela esqueceu.
-- Isso é verdade Sophia? -- olhava para a morena buscando seus olhos suplicando com o olhar para que aquilo não fosse verdade.
-- Júlia, eu...
-- Apenas responda! -- disse aumentando o tom da voz -- é verdade tudo o que ele disse sim ou não?
-- Sim Júlia, é verdade. -- disse suspirando e baixando a cabeça.
-- Eu não acredito nisso -- disse balançando a cabeça de forma negativa e soltou seu irmão.
-- Júlia eu me apaixonei por você, no começo fiz isso por dinheiro e diversão, mas depois eu acabei gostando de você... Não queria que sofresse desse jeito.
-- Você ficou comigo por dinheiro e diversão Sophia, realmente me enganei com você. -- sua voz era de pura amargura e dor.
-- Esqueceu de dizer que ela também trans*va comigo enquanto estava com você esse tempo todo, você ch*pava o local a onde eu fudia ela -- disse rindo -- sorte a sua que eu uso camisinha.
Ao terminar de falar sentiu outro soco, esse o fez cuspir sangue e um dente, logo em seguida levou uma joelhada nas partes íntimas o fazendo se curvar ao chão e a xingar de vários palavrões.
Já estava indo embora quando virou-se para trás a onde estava Sophia e Luciano e fez uma última pergunta.
-- Você disse "nós a pagamos", você e mais quem? -- perguntou encarando seu irmão, mas quem respondeu foi Sophia.
-- Ele e seu pai Júlia.
-- Cala a boca vadia! -- Luciano gritava ainda ao chão com as mãos apertando o local atingido.
-- Você disse que ela tem que saber a verdade, então a verdade é essa, Otton era o único que queria Júlia longe dos negócios e de encrencas, e depois da sua mãe descobrir ele veio consertar o erro e me pagou de novo para terminar com você.
-- E quando você iria fazer?
-- O que? -- perguntou sem entender qual era o intuito dessa pergunta que ela fez.
-- Quando você ia terminar comigo Sophia?!
-- Depois de amanhã -- disse de cabeça baixa.
-- Olhe pra mim -- sua voz foi firme e obedecida -- Não precisa se preocupar, eu adianto o seu serviço, ao invés de depois de amanhã como planejado será hoje, caso ainda não tenha ficado claro, acabou.
Disse andando para longe da casa mas, mais uma vez parou e foi para perto do carro a olhou nos olhos, abriu o bolso interno da sua jaqueta e tirou de lá a caixinha com as alianças e um bilhete escrito por ela preso em laço, jogou em direção de Sophia que os pegou antes de cair no chão, então saiu andando sem rumo, com lagrimas que teimavam a cair.
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Caroline estava em seu quarto assistindo televisão quase dormindo, escutou seu celular tocar e atendeu sem olhar o visor.
-- Alô.
-- Carol você pode vir me buscar? -- dizia com a voz embargada.
-- Júlia? O que aconteceu? -- perguntou se sentando na cama -- A onde você está?
-- Perto da casa da Sophia, depois eu te explico, mas por favor vem rápido.
-- Já estou indo.
Assim que desligou a ligação desceu as escadas correndo, entrou no carro e nem pegou seus sapatos por estar com pressa e em menos de 15 minutos estava onde Júlia tinha dito.
Assim que a viu desceu do carro e foi correndo descalça em sua direção, Júlia a abraçou e ainda deixou algumas lagrimas escaparem.
-- Você tinha razão em não gostar dela.
-- Do que você está falando? -- perguntou a recebendo em um abraço apertado e acariciando os cabelos loiros.
A loira contou tudo a sua prima e a mesma a levou para o carro, sentou-se no banco de trás por ainda ser traumatizada pelo acidente. Chegaram na casa da morena, que levou Júlia ao seu quarto, e ligou o chuveiro para ela tomar um banho e poder descansar.
Enquanto a loirinha tomava seu banho chorando, Carol desceu até a cozinha e pediu para a empregada ligar para pedindo comida japonesa a preferida de Júlia.
Ficaram no quarto, jantaram e conversaram. Carol colocou um filme para sua prima se distrair mas de nada adiantou, Júlia chorou mais um pouco e depois acabou adormecendo com sua prima velando seu sono.
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Passaram alguns dias depois do corrido, Júlia ficou na casa da sua prima pois não queria ter que ver Luciano nem Otton. Ainda não tinha conversado com seu pai, e talvez não iria.
Assim que voltou para casa ficou como da vez em que Paul morreu, só que dessa vez recebia as visitas de sua prima.
Passou quatro meses e Júlia ainda estava triste mas já estava melhor com sua prima sempre a enchendo de mimos. Elisabeth voltou a falar com a filha, só o necessário, mas ainda assim conversavam. Decidiu conversar com Júlia e fazer com que todos a tratassem normal depois de uma conversa que teve com Otávio, pai de Caroline.
Um dia estava em seu escritório e ele entrou sem ser anunciado despejando as palavras.
-- Você tem que parar de ser egoísta, já basta sua filha ter perdido o irmão agora perde a mãe e a família toda? Você realmente acha que Paul ia gostar disso?
Sem que ela pudesse responder ele deu as costas e saiu andando, então ela pensou que realmente Paul não gostaria disso, ele amava aquela irmã, nunca foi apegado a ninguém como a Júlia.
Fim do capítulo
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