Oi, tudo bem? Consegui escrever mais um. Relevem qualquer erro. Será que elas se reconciliaram ou terminaram? Façam suas apostas. kkkkk.
26 –Acerto de contas
Após a sopa leve que dei pra ela, dormiu. Fiz minha higiene, dei boa noite pra Manu e voltei ao quarto. Deitei ao lado dela, beijei seu rosto, ela resmungou algo, puxou meu braço por cima do corpo dela, entrelaçou nossos dedos e disse: obrigada. Apesar de ter sido bem baixinho deu pra ouvi. Fiquei acordada velando o sono dela por um tempo até pegar no sono também.
Acordei bem cedo, tinha que ir pra casa, pois os meus filhos tinham aula e a Manu também. Durante o sono ela havia se virado e estava deitada com a cabeça no meu ombro e as pernas jogadas em cima de mim, dei um jeito de sair da cama sem acordá-la, coloquei o travesseiro no lugar do meu corpo e ela se agarrou nele. Tão linda. Beijei sua cabeça e fui acordar a fofinha. Antes de sair deixei um bilhete próximo à cama, caso a Marina acordasse antes da minha volta.
Manu se arrumou e a levei pra casa, pra tomar café com os meus filhos. Levei os três para suas devidas escolas e voltei pro apartamento da Marina. Enviei mensagem pra minha secretária pra ela segurar as pontas, pois não iria trabalhar pela manhã na secretaria.
Ela ainda dormia. Fui pra cozinha preparar um café reforçado pra ela. Aprontei uma bandeja com pão integral, ovos mexidos, banana, uma fatia de mamão, suco de laranja e café com leite. Coloquei na escrivaninha e sentei na cama, começando a fazer carinho nos seus cabelos.
- Oi meu bem, acorde, vamos tomar um café, pra você recuperar as forças.
- Hum...que horas são? Cadê a minha filhota?
- São 8 e meia. Fica tranqüila, que cuidei da Manu, ela tomou café e eu a levei pra escola.
- Desculpa ter dar trabalho, e os teus filhos?
- Eles também estão na escola. Como você está se sentindo?
- To melhor, só com muita fome.
- Ah rá, isso vamos já resolver. Olhe o que tem nessa bandeja.
- Ah que maravilha, muito obrigada. Vou ao banheiro primeiro. Obrigada. É tudo só pra mim ou você vai comer comigo?
- Deixei pra tomar café com você. Posso?
- Claro né Sandra.
Gostava mais quando ela me chamava de amor, doeu – calma Sandra- eu disse mentalmente.
Comemos, praticamente em silêncio. Ela devorou mais da metade, pelo menos o apetite dela tinha voltado.
Fui deixar a bandeja na cozinha, quando voltei ela estava bem séria e pensativa. Medo.
- Precisamos conversar.
- Sim precisamos. Quem fala primeiro, eu ou você?
- Eu vou falar o que aconteceu na sexta feira.
Lembranças on
- Boa noite, Senhor governador, como vai? – João Carlos.
- Boa noite, senhor. - Eu.
- Olá casal lindo. – disse o governador apertando a mão do JC e galantemente beijando a minha mão. É uma alegria ver meu amigo João Carlos e a sua linda e agradável namorada.
- Desculpe senhor, mas preciso fazer uma correção, eu e o João Carlos somos somente amigos, agora. Bons amigos.
O governador olhou com uma cara de surpresa para o JC, que imediatamente fechou o semblante. Ele pensava o que? Que eu iria ficar fingindo que ainda éramos um casal? Negativo, concordei em acompanhá-lo, não em fingir.
- Ah bem, fiquem à vontade, se quiserem cumprimentar a primeira dama, ela está ali, sendo bajulada pelas amigas. Com licença, meus amigos, vou dá as boas vindas para outros convidados, fiquem à vontade.
- Porque você tinha que falar que não estamos mais juntos? – Ele falou isso já pegando no meu pulso.
- Ei, alto lá, tire suas mãos de cima de mim. Eu disse que ia te acompanhar neste evento, em nenhum momento, eu falei que iria fingir que ainda somos um casal. Oras.
Ele me soltou e saiu bufando, pisando duro e indo até o bar. Acho que não foi boa idéia. Deixei meu amor em plena sexta feira pra vim ajudar esse mala e é assim que começa minha noite, que merd*. Vou enviar uma mensagem pra ela.
- Garçom, tira uma foto minha, por favor, aqui meu celular – Postei a foto no face, ia ligar pra Sandra, pra ela ver como eu estava linda, kkkkk. Causar um ciuminho é bom. Droga, só deu pra postar a foto e o meu celular descarregou a bateria, vou ver se alguém me arranja um carregador. No meio do caminho, encontrei a Carmen e o marido Maurício, um casal de amigos meus e do JC.
- Marina, sua linda. Tudo bem, princesa? Menina você anda sumida. Sei que o João ficou um tempo fora da cidade, mas você bem que poderia ter dado o ar de sua graça lá em casa.
- Oi flor, tudo bem. Oi Maurício- Hum, se ela souber que o marido vive dando em cima de mim, ela não me convidaria pra freqüentar a casa dela, afffz - pois é, amiga, muito trabalho, faculdade, tomar conta da Manoela, etc. E também, eu e o JC não estamos mais namorando, somos somente amigos.
- Sério? Não sabia. Você sabia, Mau? Mas o que houve, querida, você ta bem?
- Tô ótima. Tô feliz. Nós já não estávamos bem faz tempo, 5 anos e a relação se deteriorou. Escuta Carmen você trouxe carregador de celular? O meu é Samsung.
- Touxe não meu bem, e o meu é Iphone. Sorry. Vamos ao toilet?
Fomos ao toilet e ela me contou que tava desconfiando que o Maurício a estava traindo- rum, ela desconfia e eu tenho certeza- ele e o JC são dois canalhas.
Ficamos tanto tempo lá com ela chorando e reclamando que eu esqueci que precisava carregar meu celular. O JC só apareceu ao meu lado na hora que serviram o jantar, ainda bem, ele já estava bem alto.
Depois do jantar, que foi servido à meia noite, falei pro JC que gostaria de ir embora, aí começou o show.
- Você quer ir embora pra se encontrar com o outro, né? Toda mulher é vagabunda mesmo. Usa a gente e depois chuta e parte pra outro. Quem é esse cara, eu conheço?
- João Carlos você baixa tua bola. Não temos mais nada. E tuas ofensas não me abalam mais, não quer ir agora, pede pro teu motorista me deixar e depois ele vem te buscar, por favor. Pelo nosso passado, me faz esse favor.
- Vai nada, vai ficar até o fim, aqui é bem isolado você não vai conseguir quem te leve. Sei que você tem pavor de andar de uber ou táxi. Vai me conta logo quem é o cidadão?
- Afffz. Vai te lascar. Vou ser se a Carmen já vai com o Maurício.
- Ahhhh, deve ser o Maurício, pensa que eu não sei que ele é afim de você? Vamos lá falar com esses dois, quero ver a cara que a Carmen vai fazer quando souber.
- Cara, você tá doido, ta bêbado, que Maurício nada. Você vai causar uma situação à toa. Sai daí tira a mão do meu braço, seu imbecil.
O JC nunca foi violento, mas bêbado, ele estava ficando – consegui me livrar dele e me refugiei no toilet. E eu sem celular, como ia embora? Essa mansão do governador é bem distante da cidade. Merdis, maldita hora em que concordei em vim, se arrependimento matasse...
Vou tentar falar com o motorista do JC, ele sempre foi muito legal comigo. Um senhor bem distinto e gentil. Sair do banheiro, sorrateiramente, para o JC não me ver.
- Seu Jaime, boa noite. Tudo bem?
- Boa noite dona Marina, tudo bem. Em que posso lhe ajudar?
- Eu estou me sentindo bem e o João Carlos não quer ir agora e ele já está bem alto. O senhor pode me levar em casa? Depois o senhor volta e pega ele. Ele não vai se importar. Por favor. Aqui é bem isolado e eu não tenho coragem de andar sozinha num uber ou num táxi.
- Ah, levo sim. E se ele ficar chateado eu digo que a senhora estava passando mal e eu não o encontrei na casa.
- Obrigada, seo Jaime. Obrigada.
Ufa, enfim em casa, vou colocar o celular pra carregar, enquanto eu tomo um banho e em depois eu ligo pro meu amor.
Qual não foi meu susto e tristeza ao ler sua mensagem e ouvi o áudio. Chorei o resto da noite. Do JC eu esperava esse tratamento desrespeitoso, mas de você, não. Sei que foi um erro ter ido a esse evento com o JC, mas minhas intenções não foram maldosas.
Lembranças off.
Marina terminou a narração e eu estava aos prantos, me ajoelhei no colchão, tomei suas mãos nas minhas e pedir perdão. Ela também chorava.
- Perdão meu amor. Fui precipitada e o ciúme me cegou quando vi aquela foto no seu face. Perdão. Não penso nada daquilo, só queria lhe magoar da mesma maneira como eu estava me sentindo magoada. Perdão. Por favor. Releve. Você sabe que nunca me apaixonei por ninguém, então eu enfiei os pés pelas mãos, fui infantil, eu sei. Eu estava bêbada. E eu vou matar aquele imbecil por ter deixado essas manchas em você. Olha como seu pulso e braço estão ficando arroxeados. Você quer ir na delegacia fazer um b.o.?
- B.o.? Não, deixa pra lá. Nunca mais aquele idiota vai chegar perto de mim, outra vez. Vou conversar com a Manu e ele não vai mais nem ver minha filha. Agora entendi que ele estava usando o afeto da minha nenê, para se aproximar, mas na verdade ele é um ser sem coração. Eu que fui ingênua achando que poderíamos ter uma amizade. O que ele sente por mim não é amor e nunca foi. É somente sentimento de posse. E você, Sandra, o que você sente por mim?
- Marina – coloquei minhas mãos no seu rosto e olhando bem fundo no seus olhos eu disse – eu te amo. Com todo meu coração. Acredite. Não deixe esse acontecido fazer você duvidar do meu amor por você. Me perdoa, meu amor? Te amo.
Ela ficou me encarando por não sei quanto tempo, para mim foi séculos, meu coração parecia bateria de escola de samba, prestes a sair pela minha boca.
- Vou te perdoar Sandra, mas só dessa vez. Não faça mais isso. Não duvide de mim. Eu te amo e você é a pessoa da minha vida, tenho certeza e sempre irei querer fazer você feliz. Vamos tomar um pouco de cuidado até o JC esquecer que eu existo, porque não quero te prejudicar e agora fiquei com receio dos atos dele. Se ele ta puto porque pensa que estou de caso com um homem, imagina se ele souber que meu amor é você, uma mulher.
Balancei a cabeça em sinal de positivo e não consegui falar nada, estava muito emocionada. Ainda ecoava no meu cérebro ela dizer que me perdoava somente desta vez e marrenta do jeito que ela é, não duvido. Nos beijamos selando este momento de paz e reconciliação, deitamos abraçadas e dormimos novamente.
Fim do capítulo
E aí? O que será que o futuro reserva para essas amantes?
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Tekaxaviers
Em: 05/05/2018
Ainda bem que se entenderam, esse JC parece que ainda vai causar desentendimentos entre elas.
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