CapÃtulo 26 Sabotagem
CAPÍTULO 26: Sabotagem
-- Esse carro foi sabotado – dizia a voz de um homem.
-- Curioso que isso me parece familiar – outro homem falou também checando o que seu colega tinha concluído.
-- Não pudemos afirmar nada antes porque tudo foi jogado para debaixo do tapete, mas agora... bom, agora podemos afirmar isso com toda a certeza e pegar quem fez isso.
-- Você tem razão porem temos que manter sigilo se não quisermos que encubram todo esse assunto novamente.
-- Policial Harry, detetive Ian – a voz de uma terceira pessoa se aproximou – o delegado quer falar com vocês.
-- Tudo bem policial, diga que estamos indo – respondeu o detetive acenando para que o policial que chegou se retirasse.
-- Sim senhor.
Quando o jovem rapaz que tinha chego perto deles saiu o policial Harry baixou a voz para que somente o detetive pudesse ouvi-lo.
-- Isso foi por pouco, mais um pouco ele poderia ter nos ouvido.
-- Sim, mas não aconteceu então vamos procurar ter mais cuidado.
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Mais uma vez o Clã estava todo reunido na sala de espera de um hospital, Elisabeth não podia crer que isso estava acontecendo consigo novamente.
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Horas antes.
Um carro na cor amarelo chegou e se dirigiu para o estacionamento subterrâneo do shopping.
Bryan tinha marcado encontrar com sua irmã Rebecca na praça de alimentação do shopping, pois precisavam se preparar para a reunião que teriam mais tarde, depois do que eles revelaram em uma conversa não formal para os integrantes da família.
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Na mesa do café daquela manhã ambos aproveitaram que todos estavam presentes e resolveram falar o que estavam planejando a um tempo, discutir sobre os desfalques que as empresas San’Germany estavam levando, principalmente a empresa principal.
Bryan e Rebecca já tinham percebido e decidiram abrir os olhos de todos, tinham suas suspeitas, mas não podiam afirmar nada, não sem provas, provas as quais eles já tinham algumas mesmo que não revelasse claramente quem estava roubando as empresas, e mesmo sem mostrar as provas nesse momento por quererem a reunião formal eles decidiram que iriam plantar a semente da discórdia na cabeça de todos, e inclusive de sua mãe que parecia não notar os roubos.
Bryan acenou com a cabeça de forma positiva para Rebecca e encorajando a falar sobre o assunto, e assim ela fez.
-- Sobre a reunião na empresa, seria bom se adiantássemos para o mais rápido possível, de preferência hoje – a voz de Rebecca saia calma apesar de estar muito nervosa.
-- Para que uma reunião de emergência filha? – sua mãe a olhou tentando entender o que estava por detrás desse pedido da garota.
-- Quero uma reunião mais formal mamãe, precisamos conversar sobre os desfalques que nossas empresas estão levando.
-- Desfalques? – Elisabeth disse sem entender.
-- Do que esta falando Rebecca? – a voz de seu pai que estava em silencio soou cortante – de novo esse assunto? Você esta vendo coisa que não existe, eu mesmo avaliei os documentos e vi que não há desfalque algum, você não sabe mais verificar os arquivos da empresa?
-- Sim eu sei, e também sei que eles foram alterados – respondeu com segurança a qual no fundo não tinha.
-- Alterados como Rebecca? – Elisabeth perguntou novamente chamando a atenção da filha.
-- Eu já tinha falado sobre esses desfalques quando aconteceu àquela coisa com a Júlia, e depois disso avaliei novamente os arquivos e percebi que eles foram alterados, porem eu já tenho algumas provas dos roubos mamãe, por isso eu peço que marque uma reunião de emergência para hoje.
-- Que provas você tem Rebecca?... – Otton dizia travando o maxilar, mas antes que sua filha respondesse foi interrompido por sua esposa.
-- Esta certo, eu quero todos vocês na reunião as 15:00 horas não se atrasem. – quando percebeu que os demais iriam se opor ela cerrou os olhos os encarando -- Assunto encerrado.
Rebecca levantou da mesa acompanhada de Bryan que apertou sua mão lhe dando força, um tempo depois os dois saíram sobre o olhar de Otton.
Luciano se retirou da mesa para fazer uma ligação e Daniel, Lorena, Breno, Otton e Elisabeth continuaram tomando seus cafés.
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Conforme Bryan e Rebecca tinham marcado de se encontrar no shopping assim que saíram da presença dos outros se encaminharam cada um em seus carros, pois lá teriam mais privacidade para falar sobre as provas que conseguiram e como desmascarariam as pessoas envolvidas nos roubos.
-- Melhor que fiquem com você, eu ainda preciso passar em um lugar antes – Bryan entregou uma pasta para sua irmã enquanto continuavam sentados na praça de alimentação.
-- Vai ir falar com o Richard?
-- Sim, preciso resolver alguns assuntos da faculdade com ele.
-- Não precisa mentir pra mim Bryan, eu sei que vocês não vão resolver nenhum assunto de faculdade – Rebecca disse o encarando nos olhos e deixando de tomar seu café.
Logo viu o rosto de seu irmão ficar mais pálido e lhe olhar assustado, se ele estivesse bebendo algo com certeza teria se engasgado, essa observação a fez dar um pequeno sorriso discreto com os lábios.
-- Como assim sabe? – perguntou engolindo em seco.
-- Bom eu sei, mas fique tranqüilo, seu segredo está guardado comigo – terminou de falar dando-lhe uma piscadela e se levantou – já que é só isso eu vou indo e te encontro mais tarde na reunião e, por favor, não se atrase eu preciso de você.
-- Pode deixar Becca eu não irei me atrasar, você esta sendo muito corajosa.
-- Preciso ser já que não temos mais a loirinha rebelde por aqui – falou sorrindo e pegando a pasta – boa sorte com o Richard.
Bryan assentiu com um manear de cabeça e viu sua irmã se afastando.
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Rebecca se afastou de Bryan e foi até seu carro que havia deixado no subtérreo do shopping, respirava fundo e tentava organizar seus pensamentos, sabia que estava tomando uma decisão sem volta e isso a assuntava, respirava fundo a cada passo dado pedia coragem para prosseguir com o plano dela e de seu irmão.
Ao chegar em seu carro destravou as portas e entrou nele colocando a pasta no banco ao lado e apoiou sua cabeça no volante, estava morrendo de medo, sempre fora medrosa assim como todos os seus outros irmãos exceto Júlia, nunca desacatou uma ordem de seu pai ou de sua mãe, mas dessa vez seria diferente, novamente iria fazer uma afronta tanto com Otton quanto com Elisabeth que não sabia o que ocorria dentro de sua própria empresa.
No dia em que foi revelada toda a verdade sobre Júlia sabia que era por sua culpa, apesar da raiva que sentiu da irmã por ela não ter respeitado seu pedido de não contar nada, mas ela não podia deixar de imaginar que se não fosse por sua culpa, Júlia não teria tentado defende-la e nada teria sido revelado.
As vezes ela se pegava pensando em como a loira estaria, se a família atual dela era melhor que o Clã e sempre ria do próprio pensamento.
É claro que seria, qualquer família era melhor que os San’Germany, e mesmo sabendo disso ainda tinha suas duvidas e saudades de como a irmã a tratava sempre com carinho apesar de não receber isso em troca deles.
Pensou em desistir da verdade quando lembrou que Júlia foi mandada embora por causa de suas suspeitas porem Bryan não a deixava desistir e a encorajava que já que Júlia tinha tentado defende-la e foi afastada que então fosse por um bom motivo.
Respirou fundo e afastou a cabeça do volante olhou para frente e ligou o carro.
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Bryan pagou a conta do que tinha consumido e foi em direção a seu carro. Sabia que a decisão de contar as coisas a família era um peso sobre os ombros da irmã, e se decidiu ajudá-la durante a reunião, mas antes tinha que ir se resolver com Richard.
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Luciano olhou para seu pai na mesa do café da manhã e sabia que ele estava irritado, se levantou e pegou seu celular para fazer uma ligação, e depois voltou e terminou seu café com os demais a mesa.
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Rebecca queria ir a empresa antes da reunião assim poderia estudar mais o que iria falar e pegar mais coragem.
Optou por fazer o caminho mais longo para ver se acalmava seus pensamentos.
Estava dirigindo alheia a tudo a sua volta até que um carro atrás do seu totalmente preto inclusive seus vidros chamou sua atenção, o carro parecia acelerar mais quase tocando em sua traseira, ela então deu a seta e foi para o outro lado da pista porem o carro também a seguiu.
Para que não batesse em sua traseira acelerou mais um pouco querendo ganhar distancia o que não adiantou muito, parecia que quanto mais acelerava mais o carro encostava no seu.
Seu desespero já era enorme, o que afinal aquele louco estava querendo? Era uma brincadeira de muito mau gosto.
Pegou seu celular e discou o numero de Bryan.
Um toque... dois toques... três...
O celular chamou até cair na caixa postal, sem parar de acelerar tentou novamente.
A pista estava praticamente vazia pelo horário, a maioria das pessoas devia estar no trabalho o que possibilitou que andasse em alta velocidade sem enfrentar transito, teve que apenas ir para outra pista por ter um carro em sua frente, e o outro veiculo ainda estava em sua cola.
-- Meu Deus... – sua voz já era de desespero quando ouviu seu irmão atender ao celular – Bryan!
-- Desculpa a demora em atender, é que eu estava falando com o Richard e... ham... o que foi Becca?
-- Um carro, tem um carro todo preto atrás do meu, ele esta me seguindo, esta quase batendo na traseira do meu carro eu agora estou a 150.
-- Como assim um carro te seguindo Becca? Explica isso! – perguntou desacreditando, pensou em varias coisas, mas não poderia ser verdade – Estão tentando te seqüestrar?
-- Eu não sei... Eles estão colados em mim, eu... – sua voz era de puro desespero até que escutou um som de freada brusca e olhou pelo seu espelho retrovisor que fora do carro que estava a seguindo – pararam – falou com alivio, mas estranhando.
-- Meu Deus Rebecca, eles deviam ta brincando com você, nunca mais faça isso comigo, agora eu preciso desligar.
Antes que Becca respondesse qualquer coisa teve sua ligação encerrada, pela velocidade que estava percebeu que o carro que antes estava praticamente grudado no seu agora nem dava sinal de existir.
Pisou no freio para diminuir a velocidade, mas não surtiu efeito, conforme estava em uma descida o carro ia pegando mais impulso.
Tentou o feio novamente e nada do carro diminuir, então começou um desespero maior ainda.
Em uma certa altura da pista que levava para a cidade já havia um numero maior de carros que por sua velocidade estavam lentos, não tinha como parar seu carro e iria bater.
Tentou o freio de mão o qual o carro apenas deu um solavanco e pareceu que ia diminuir mas logo teve um estralo e o carro continuou com acima da velocidade.
-- Ai meu Deus!
Já gritava dentro do carro pelo desespero até que viu dois carros a frente e a única reação que teve foi de girar por completo seu volante na esperança de tentar evitar uma colisão com eles.
Seu carro virou tão rápido e forte que ficou por duas rodas o que o fez capotar duas vezes até chegar aos outros dois que estavam a sua frente ficando atravessado na pista, o choque foi grande, seu carro ficou de cabeça para baixo, e amassou por completo a traseira dos carros que estavam a frente, por causa deles que seu carro parou de capotar.
O impacto com o chão ao capotar foi tão forte que amassou quase por completo.
O que veio a seguir foi um grande engarrafamento na pista, outro carro que vinha atrás do de Rebecca não foi capaz de frear e bateu na lateral do seu carro o empurrando mais para frente e o prensando nos outros dois.
Não tinha nem indícios que a garota estivesse consciente, e o carro parecia uma lata de sardinha.
Os atingidos do carro na frente saíram do carro sem entender, estavam atordoados, o rapaz que estava em um dos carros sentou no acostamento sem reação, estava assustado e aquela cena só tinha visto em filmes, a mulher que saiu do outro não entendia, estava irritada mas ao ver a gravidade do acidente se aproximou.
Mais carros foram chegando e parando, algumas pessoas saíram de dentro dos carros e se aproximaram junto da mulher, viram Rebecca desacordada.
-- Moça? – uma das pessoas que pararam para prestar socorro chamava – chamem uma ambulância!
-- Estou chamando – uma voz na multidão informou.
-- Já chamei – outro também disse.
-- Com licença – a mulher que tinha tido seu carro atingido se aproximou mais e colocou o braço dentro do carro pelo vidro que estava completamente quebrado a fim de checar a pulsação da garota.
-- Não mexa nela! – contestou uma das pessoas.
-- A senhora vai se machucar – outra voz disse.
-- Se afastem por favor, eu sou medica.
Não conseguia pegar no local certo para checar a pulsação da garota que estava de cabeça para baixo no carro apenas presa pelo cinto, como este estava todo amassado impossibilitava sua ação de chegar mais perto e checar a garota.
Conseguiu colocar o braço mais perto dela e sentiu que ela ainda respirava mesmo fraco, ainda tinha respiração.
-- Deixe eu lhe ajudar – o rapaz que estava em choque sentado no acostamento se aproximou, pegou a porta do lado do passageiro e puxou com brusquidão e foi contestado por todos.
-- NÃO FAÇA ISSO! – as pessoas diziam, mas ele as ignorou e mais uma vez puxou forte fazendo com que a porta menos amassada desse uma abertura.
A mulher que disse ser medica era jovem e entrou com a ajuda de algumas pessoas e sobre o protestos de outras, chegando mais perto tentou tocar o pescoço de Rebecca mas esta estava completamente torta, seu pescoço não dava para checar a pulsação, pegou então seu pulso e verificou que estava bem fraco, saiu do carro para pegar seu celular e viu o da garota no teto do carro próximo ao seu rosto e também o pegou.
Pediu o celular de alguém que estava próximo já que o seu não estava com sinal e o da garota era bloqueado e fez uma ligação para o hospital que trabalhava explicando o que tinha acontecido, por se tratar de um dos principais hospitais em menos de 15 minutos chegou uma ambulância, equipe de resgate e bombeiros junto da policia que pegava o depoimento dos que estavam a volta e do rapaz que abriu a porta do carro, apenas não pegaram o depoimento do rapaz do outro carro que bateu por ultimo no da Rebecca pois este estava desacordado e foi retirado, encaminhado para o hospital.
Também não pegaram o da medica que se dispôs a ajudar a retirar a garota do carro, enfermeiros tentavam levá-la para ser examinada, porem ela não aceitou e ficou ali com os bombeiros e paramédicos tentando salvar Rebecca.
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Já era 14:55 e todos estavam na sala de reuniões aguardando a chegada de Bryan, Rebecca e Elisabeth, assim que a imperatriz chegou a sala, todos a olhavam e ela estranhou que a filha mais interessada naquela reunião não se encontrava.
Logo Bryan chegou faltando 2 minutos para a reunião começar e também estranhou que Rebecca não estivesse ali.
“Sera que ela desistiu? Não é possível!” ele pensou impaciente.
Deu o horário da reunião e nada da garota chegar.
-- Rebecca monta esse circo todo e na hora de aparecer vira o Mister M e desaparece – Otton dizia com a expressão fechada.
-- Deve pensar que somos palhaços – alfinetou Luciano colocando mais lenha na fogueira.
-- Cancele essa reunião Elisabeth, não vê que isso tudo é uma grande palhaçada? – Otton dizia encarando a esposa.
Quando seus filhos começaram a contestar também o atraso de Rebecca ela calou todos com uma voz firme.
-- Calados! – algo dentro de si estava a angustiando mal conseguia ouvir as reclamações de todos, respirou fundo e encarou todos – Esta reunião só acaba quando eu mandar, e no caso iremos esperar mais um pouco, esse atraso de Rebecca deve ter algum motivo.
Bryan pegou seu celular e discou o numero de Rebecca.
Não demorou e foi atendido.
-- Rebecca onde você esta? – sua voz tentava demonstrar calma mas sua expressão fechada denunciava que de calma ele não tinha nada. Não podia acreditar que a irmã tinha desistido dos seus planos de desmarcaras os ladrões.
Todos que estavam sentados em volta da mesa observavam sua expressão ao falar ao celular, ele devia esta bem estressado com o atraso da irmã pois nunca ouviram ele tão bravo assim ao falar ao telefone.
Em segundos depois da sua pergunta sua expressão de bravo foi mudando e dando espaço para de surpreso, confuso e preocupado.
-- Onde?! – elevou a voz perguntando confuso e preocupado, ele não podia ter escutado direito – Isso é uma brincadeira?
Ninguém da sala estava entendendo e todos o encaravam curiosos.
O silencio não muito longo dele escutando o que a pessoa do outro lado falava instigava mais ainda a curiosidade em todos.
Em um rompante se levantou da cadeira apressado, desligou o celular e se afastou da mesa como se fosse para a porta quase correndo mas foi parado pela voz de sua mãe.
-- Bryan o que esta acontecendo?! Onde esta sua irmã?
-- Eu... eu preciso ir – parecia atordoado e não sabia o que falar, isso não podia acontecer novamente – eu tenho que ir...
-- Ir a onde Bryan? – a voz de Elisabeth continuava calma, porem ela estava um turbilhão por dentro.
-- Hospital – foi a única coisa que conseguiu dizer antes de sair praticamente correndo da sala.
Elisabeth olhava para o filho que agora corria sem entender, sentia agoniada pegou sua bolsa e também foi em direção a porta assim como todos os outros.
Viram ainda Bryan correr pelos corredores da empresa até perderem ele de vista.
-- Minha filha – Elisabeth já prendia o choro.
-- Calma mãe, o Bryan nem disse nada – Lorena tentou acalmá-la em vão.
-- Avisem os seguranças para não liberarem a saída de Bryan – gritou para todos que estivesse por ali ouvirem – JÁ!
Sem contestar todos os filhos e até funcionários que passavam pelo corredor pegaram os celulares e começaram a avisar a portaria e aos seguranças da empresa.
Elisabeth saiu andando apressada até que retirou seus sapatos altos e começou a correr pelos corredores assim como Bryan tinha feito, ninguém que olhasse entendia nada, e começaram a ver Daniel, Lorena e Breno correndo um pouco atrás de sua mãe.
Otton e Luciano andavam apressados também atrás deles e trocavam algumas palavras baixas entre si.
Bryan que correu até o carro estava desesperado, mal conseguia segurar as chaves, quando conseguiu entrar no carro lagrimas já molhavam o seu rosto.
Estava na direção do portão quando foi impedido pelos seguranças de seguir.
-- Saiam da minha frente! – gritou de dentro do carro.
-- O senhor não pode sair, foram ordens.
Bryan saiu estressado de dentro do carro e tentou passar por eles, mas fora segurado e no ímpeto de raiva desferiu um soco na face de um dos seguranças e logo outro e daria mais alguns com toda a sua força se não tivesse sido segurado.
Estava completamente fora de si a única coisa que lembrava e pensava era que momentos antes mais cedo estava com sua irmã, de repente a imagem de Júlia lhe veio a cabeça e da vez que se falaram ao telefone, a loira perguntava como Rebecca estava.
Quando já estava contido e imóvel pelos seguranças avistou sua mãe e os demais se aproximando.
Ao ver seu filho com o rosto banhado em lagrimas e tentando se soltar Elisabeth teve a certeza que algo de ruim tinha acontecido com sua filha.
-- Bryan onde Rebecca esta? – perguntou se aproximando bem perto do seu filho e o via se debatendo para se soltar.
-- ME SOLTEM!
-- Bryan! – exclamou pegando em seu rosto e lhe fazendo encarar – o que aconteceu?
-- Acidente – deixou as lagrimas saírem mais e olhou nos olhos de sua mãe que segurava seu rosto – de carro, bateu e... – falava sem conseguir organizar suas palavras – grave... hospital Sampaio... Lancaster... me solta eu preciso ir!
-- Chame o motorista – Elisabeth disse prendendo o choro e pediu a um segurança – Bryan você vem comigo.
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Assim que chegaram ao hospital Elisabeth tentava se manter forte e foi junto de seu esposo até a recepção buscar mais informações.
Estavam na sala de espera esperando que alguém viesse falar com eles, apenas o que lhe fora informado era que o estado da jovem era bastante delicado.
Lorena tentava acalmar sua mãe junto de Breno que a abraçava e Daniel que segurava sua mão.
-- Vai ficar tudo bem mamãe – Lorena falava entregando-lhe um copo com água e Daniel apertava uma de suas mãos querendo transmitir força.
Bryan se mantinha afastado de todos, não conseguia pensar em nada apenas queria ver sua irmã, lembrou da ligação dela e pensou se o carro que a seguia tinha algo a ver.
Se levantou e resolveu fazer uma ligação.
Iria avisar Júlia, ela ainda era irmã deles e merecia saber o que estava acontecendo, a verdade é que só queria ela ao seu lado.
Fim do capítulo
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